Após uma semana sumido, Leonardo Picciani volta a atuar como ministro

Uma semana depois da prisão de um de seus irmãos e de seu pai passar uma noite atrás das grades, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), reapareceu nesta terça-feira. No dia da operação da Polícia Federal contra sua família, ele cancelou um evento público no Rio de Janeiro e, depois disso, não voltou a fazer aparições. Da mesma forma, sua agenda oficial no site do Ministério do Esporte não havia sido novamente disponibilizada.

Agora, nesta terça-feira, Picciani volta a ter um compromisso na agenda. Ao meio-dia, ele tem uma audiência com o tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Comandante da Aeronáutica. A pauta da reunião não é informada na agenda do ministro.

De forma pouco usual, Picciani não atualizava sua agenda no site do Ministério do Esporte desde o último dia 14, data em que a família Picciani foi acordada por uma operação da Polícia Federal, a "Cadeia Velha", numa referência ao nome como era conhecido o prédio da Assembleia Legislativa do Rio, presidida por Jorge Picciani, pai do ministro.

Na operação, Felipe Picciani, único membro filho adulto de Jorge Picciani que não é parlamentar e, portanto, não tem foro privilegiado, foi preso. O presidente da Alerj viria a ser detido no dia seguinte, quarta-feira, mas na quinta-feira foi solto depois da decisão dos seus pares na assembleia legislativa.

Leonardo Picciani não foi alvo da operação, mas teve seu nome envolvido em escândalos na semana passada do mesmo jeito. O marqueteiro Renato Pereira disse, em delação premiada, que o ministro direcionou uma licitação pra beneficiar sua agência, a Prole Propaganda. Ele ainda afirmou que Picciani cobrou uma propina de 3% para garantir que a mesma agência vencesse uma licitação do Ministério da Saúde durante o governo Dilma. Picciani nega as acusações.