Comitê Rio-2016 tem novo presidente até abril, mas pode fechar antes
O Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 tem um novo presidente. Em reunião do Conselho de Direção realizado nesta terça-feira no Rio, o órgão seguiu o que manda o seu estatuto e deu posse a Edson Figueiredo Menezes como presidente interino, por no máximo 180 dias. Em 6 de outubro, logo após o Comitê Olímpico Internacional (COB) suspender o Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman anunciou seu afastamento do comando da Rio-2016. Ele depois renunciou à presidência do COB, mas não do comitê organizador.
Edson Menezes era primeiro vice-presidente do Rio-2016 e, portanto, o primeiro da linha sucessória. No ano passado, o UOL revelou que o empresário, ex-remador, é dono de uma offshore no Panamá, a Remo Investments, aberta em 2013. No mesmo ano, ele assinava como "Diretor Financeiro do Conselho Executivo" do COB. A matéria pode ser lida aqui.
A prisão de Nuzman, há 12 dias, por suposta compra de votos na eleição para que o Rio fosse escolhido sede da Olimpíada de 2016, fez o COI anunciar que não vai mais ajudar financeiramente o Comitê Rio-2016, que tem dívidas de mais de R$ 100 milhões. Todo esse cenário deve encurtar a vida do comitê, que agora opera com poucos funcionários em um escritório no centro do Rio.
Pelo seu perfil único, o comitê organizador da Olimpíada também tem um formato jurídico diferente. Todas as decisões importantes são tomadas por um conselho formado por Nuzman, Edson Menezes, a empresária Luiza Trajano (fundadora do Magazine Luiza), o membro do COI Bernard Rajzman, Manoel Felix Cintra Neto (ex-presidente da bolsa de valores BM&F) e José Antônio do Nascimento Brito (herdeiro do "Jornal do Brasil").
Havia a expectativa que Trajano, que tem perfil mais "linha dura", assumisse a presidência, mas o Conselho não realizou nova eleição. Edson Menezes ficará na presidência por 180 dias, ou até que Nuzman volte atrás do seu afastamento, o que parece improvável, ou mesmo que o comitê seja destituído.
O novo presidente do Rio-2016 presidiu a Bolsa de Valores do Rio e também o Banco Prosper, citado na CPI dos Bingos por supostamente acomodar assessores do então ministro Antonio Palocci suspeitos de operar no caso Waldomiro Diniz – em troca, o banco teria recebido financiamentos do BNDES.
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