COI admite tomar medidas contra Nuzman após dirigente ser preso

A Comissão de Ética do Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou nesta quinta-feira, logo após a prisão de Carlos Arthur Nuzman, que está acompanhando de perto o caso que envolve um dos membros da entidade internacional. E admitiu, em nota, que pode impor punições ao brasileiro, que preside o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016.

"O COI está ciente da prisão do senhor Carlos Nuzman, membro honorário do COI, pelas autoridades brasileiras. O Chefe da Comissão de de Ética e Compliance pediu às autoridades brasileiras mais informações para proceder com as investigações do COI e ofereceu a total cooperação do COI", diz a nota. No caso, o novo presidente da comissão é o sul-coreano Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU.

O comunicado continua dizendo que as atividades da comissão se iniciaram imediatamente depois que as denúncias foram feitas e as investigações iniciadas – ou seja, há um mês. "Dados os novos fatos, a comissão de ética do COI pode considerar tomar medidas preventivas, embora respeite o direito de Nuzman de ser ouvido", continua a entidade, que reforça que "a presunção de inocência" prevalece.

Leia também:
PF prende Nuzman e seu braço direito; MPF fala em enriquecimento de 457%
Investigação contra Nuzman começou na França após denúncia de doping
Procuradora diz que e-mails revelam propina para grupo "nossos amigos"