Sem sair do muro, Marta rejeita boicote após aposentadorias em série

REUTERS/Mike Blake
Qual a opinião da craque Marta sobre a crise na seleção brasileira feminina de futebol? Ela diz que a posição dela já foi exposta, mas não diz exatamente qual é. Sem sair de cima do muro, a principal expoente do futebol feminino no Brasil rejeitou nesta quinta-feira seguir o caminho de outras veteranas e se aposentar da seleção em forma de protesto após a demissão da técnica Emily Lima e do retorno de Vadão para o seu lugar.
A atacante Cristiane, dona do maior salário do futebol mundial, foi a responsável por iniciar o movimento na quarta-feira, anunciando que não jogaria mais pela seleção. Nesta quinta-feira, outras outras duas jogadoras com amplo currículo a serviço do Brasil, a volante Fran e a lateral-esquerda Rosana, seguiram pelo mesmo caminho.
A comunidade do futebol então passou a esperar pelo posicionamento de Marta, que, com a aposentadoria de Formiga, virou a principal líder do grupo. A craque até foi ao Instagram, como as colegas, mas postou um vídeo apenas no modo "stories", que some depois de 24 horas. Ou seja: deixou um registro que logo será apagado.
Lá, disse que tem recebido mensagens de pessoas perguntando sua posição. "Eu já me posicionei. Já saiu reportagem há três dias, já saiu reportagem hoje. É só ir lá ver minha opinião", afirmou, sem especificar qual reportagem ou lembrar o que ela disse na ocasião.
Há quatro dias, Marta falou com o SporTV e afirmou ser contra seguidas mudanças de treinadores. "A minha opinião é a mesma que eu tinha quando trocaram o Vadão, a gente precisa de tempo para trabalhar. Não dá para fazer acontecer os resultados de um dia para o outro no futebol feminino", argumentou, revelando que não assinou uma carta das demais jogadoras nas quais elas pediam a permanência de Emily no cargo. Alegou que respeita a hierarquia.
Com relação à possibilidade de um protesto, uma vez que o nome de Vadão desagrada a maior parte do elenco da seleção, que ele comandou até a Olimpíada, Marta pediu que as colegas reconsiderem a decisão de se aposentarem. "Espero que voltem atrás para juntas lutarmos lá dentro, pedindo melhoras, pedindo aumento, o que for necessário. Não vou deixar de servir à seleção", assegurou.
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