Grupo de Raí é aprovado e deverá apresentar projeto para 'novo' Pacaembu
A Prefeitura de São Paulo decidiu eliminar apenas um dos cinco grupos que apresentaram estudos para assumirem a concessão do estádio do Pacaembu. Todos os demais quatro consórcios continuam na disputa, autorizados a apresentar projeto detalhado dentro de um prazo de até 60 dias, até 16 de novembro. Entre os aprovados está o consórcio que tem como um dos sócios o ex-jogador Raí, que brilhou com a camisa do São Paulo.
A empresa Raí + Velasco (sociedade do craque com o administrador de empresas Paulo Velasco, criada em 2002), atua na concorrência pública em parceria com as empresas Arena Assessoria de Projetos, Arap, Nishi & Uyeda Advogados, BF Capital Assessoria em Operações Financeiras Ltda e Jones Lang Lasalle Hotels. Como é a primeira que tem maior expertise com estádios, o grupo é tratado como "Arena".
Além dele, foram habilitados a Associação Casa Azul (Casa Azul), a SBP & Fernandes Arquitetos Associados (Fernandes) e a Tetra Projetos e a Almeida & Fleury Consultoria (Tetra). Só uma empresa foi desclassificada, a Masterplan, por não apresentar a documentação necessária.
Na primeira fase do edital, chamado Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), as empresas interessadas deveriam apresentar projetos preliminares de como elas pensam que deveria se dar a concessão do Pacaembu à iniciativa privada. A Arena, por exemplo, sugeriu demolir o Tobogã e as arquibancadas de visitantes (o que não será permitido) e construir um hotel, além de cobrir todo o estádio.
A proposta da Arena foi vetada pelo Condephaaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico), que entendeu que o projeto descaracteriza o tombamento do Pacaembu. A "Comissão Especial da Avaliação da secretaria municipal de Desestatização, porém, deu de ombros, e autorizou a Arena a continuar na disputa. O projeto da Mastrplan, mais superficial entre os apresentados, também foi recusado pelo Condephaaat, mas foi desclassificado apenas pela questão burocrática.
O Condephaaat, órgão estadual, entendeu que as propostas dos outros três grupos são "admissíveis", mas colocou ressalvas. Já o Conpresp (do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), que é municipal, não julgou proposta por proposta, por entendê-las ainda embrionárias, mas fez uma lista de diretrizes que devem ser respeitadas – o Olhar Olímpico explicou-as.
A partir de agora, os quatro grupos habilitados têm 60 dias para apresentar projetos detalhados de como eles querem o Pacaembu, respeitando as diretrizes do Conpresp e também as recomendações para que o Condephaaat o aprove. Os grupos podem, caso se interessem, unir-se em consórcio entre eles.
Após ouvir os dois órgãos de proteção ao patrimônio histórico, a comissão de avaliação irá escolher a melhor proposta. A partir daí, abrirá o edital para a concessão do estádio à iniciativa privada. A empresa vencedora – aquela que irá administrar o Pacaembu por 35 anos – será a responsável por pagar os custos relativos ao estudo vencedor.
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