Ana Marcela é bronze, alcança 7ª medalha e vira a maior brasileira nos esportes aquáticos
A primeira medalha do Brasil no Mundial de Esportes Aquáticos veio exatamente com quem mais está acostumada a levar o país ao pódio. Em uma briga de "gente grande" na chegada da prova de 10km da maratona aquática, que precisou ser analisada em vídeo e levou 15 longos minutos para ter seu resultado anunciado, Ana Marcela Cunha garantiu a medalha de bronze.
A brasileira completou a prova da distância olímpica em 2h00min17s20, mesmíssimo tempo da italiana Arianna Bridi, que também recebeu a medalha de bronze. A prata ficou com a equatoriana Samantha Arevalo, que bateu 0s20 antes e o ouro, incontestável, para a francesa Aurelie Muller, pouco à frente, após 2h00min13s70. Em quinto, a campeã olímpica Rachele Bruni, da Itália. Muller, que acabou desclassificada na Rio-2016 depois de tentar "montar" em cima de Bruni na chegada da prova na Praia de Guanabara, conseguiu assim sua grande volta por cima.
A medalha de bronze é a sétima da carreira de Ana Marcela Cunha, que disputa os Mundiais de Esportes Aquáticos desde 2007, quando tinha 15 anos. Em Xangai-2011 ela ganhou ouro nos 25km, em Barcelona-2013 a prata nos 10km e o bronze nos 5km, enquanto em Kazan foi ouro nos 25km, prata por equipes e bronze nos 10km. No total, são dois ouros, duas pratas e três bronzes.
É uma coleção que, em número de medalhas, a coloca isolada na liderança do ranking brasileiro de todos os tempos, superando Cesar Cielo, que ganhou sem em Mundiais de Esportes Aquáticos, todas elas de ouro. O recordista mundial dos 50m nada esta prova e o 4x100m livre a partir de sábado, quando começam as provas de natação em Budapeste.
Bronze – A medalha de Ana Marcela tem um gosto de "volta por cima". A atleta da Unisanta, afinal, foi muito mal na prova do Rio-2016, há quase um ano. A brasileira não nadou perto das primeiras colocadas e completou num frustrante 10º lugar. Seu então técnico, Márcio Latuf, culpou o insucesso ao tentar alimentá-la em uma das boias, o que a deixou sem nutrição.
No fim do ano, Ana Marcela operaria o baço e ficaria um período afastada dos treinamentos. Em maio, ela trocou de treinador, deixando de lado Latut, que é o treinador-chefe da Unisanta, para voltar a trabalhar com Fernando Possenti, exatamente o mesmo treinador do seu auge, em 2014/2015.
Ana Marcela ainda volta para nadar duas provas no Mundial: a de 5km, na quarta-feira, e ou os 25km, na sexta, ou o revezamento misto, no sábado. Em todos os casos, tem novas chances de medalha.
Viviane Jungblut, que surpreendeu ao ficar com o segundo lugar na seletiva brasileira, deixando Poliana Okimoto de fora do Mundial, terminou apenas na 12.ª colocação. A jovem de 21 anos cansou no fim da prova e não mostrou o mesmo ritmo que a levou ao pódio em Setúbal (Portugal), na única etapa de Copa do Mundo que disputou pela seleção, no mês passado.
Na quarta, além de Ana Marcela, o Brasil ainda terá Betina Lorscheitter nos 5km. Antes, na terça, Fernando Ponte e Allan do Carmo vão em busca de um pódio inédito nos 10km. Fernando foi quinto colocado nos 5km, na sexta-feira, melhor resultado de um homem brasileiro em provas de águas abertas nos Mundiais.
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