Brasil tem fim de semana de recorde, 2º tempo do mundo e chuva de medalhas

Andressa, ao centro, com o ouro. Fernanda Borges foi prata.

O fim de semana foi agitado no esporte olímpico brasileiro, principalmente com o Campeonato Sul-Americano de Atletismo, disputado em Assunção (Paraguai), e o Troféu Sette Colli, de natação, em Roma (Itália). Além disso, Viviane Jungblut conquistou sua primeira medalha em etapas de Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas em Setúbal (Portugal) e Marcus Vinicius D'Almeida voltou a disputar medalha em uma Copa do Mundo de Tiro com Arco após dois anos e meio.

No atletismo, o vento forte impediu que as marcas registradas em provas de pista e nos saltos horizontais fossem homologadas. O destaque ficou por conta de Andressa de Morais, que venceu no lançamento do disco com 64,68m, oitava melhor marca do mundo na temporada e novo recorde sul-americano.

Candidata à medalha no Mundial de Londres, Núbia Soares venceu no salto triplo com 14,42 m, superando a venezuelana Yulimar Rojas, prata na Olimpíada do Rio e líder do ranking mundial de 2017. Núbia é a quarta, mas vem crescendo a cada competição, aos 21 anos.

Na natação, foram sete medalhas conquistadas pelos brasileiros no Sette Colli, com destaque para Bruno Fratus, ouro nos 50m livre e prata nos 100m livre, prova na qual ele não é especialista. Em Roma, deixou para trás inclusive os dois brasileiros que nadarão a distância no Mundial: Marcelo Chierighini (sexto) e Gabriel Santos (11.º). Cesar Cielo foi mal, ficando em quinto nos 50m livre e 12º nos 100m livre.

Mas o Brasil teve outros destaques, especialmente no estilo medley, onde Thiago Simon foi bronze nos 200m e Brandonn Almeida prata nos 400m.  João Luiz Gomes Jr, Nicholas Santos e Etiene Medeiros, respectivamente nos 50m peito, borboleta e costas, também foram ao pódio.

Nos 50m borboleta, aliás, o melhor resultado do fim de semana veio em uma competição regional em Belo Horizonte. Henrique Martins fez 22s70, segunda melhor marca da temporada, só abaixo dos 22s61 de Nicholas Santos no Maria Lenk. Nesse ritmo, chegam para tentar uma dobradinha no Mundial.

MEDALHAS – Em Setúbal, Viviane Jungblut, de apenas 20 anos, disputou uma Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas pela segunda vez (a primeira havia sido em 2005) e ganhou sua primeira medalha, de prata. Ela só foi superada na batida de braço pela italiana Rachele Bruni, atual vice-campeã olímpica. Foi também a primeira vez que Vivi chegou à frente de Ana Marcela Cunha, quinta colocada. As duas vão a Budapeste com chance de medalha.

Em Buenos Aires, a seleção feminina de handebol do Brasil confirmou o favoritismo, fez 38 a 20 na Argentina e ganhou seu 10.º título seguido do Campeonato Pan-Americano. Por subir ao pódio, também garantiu vaga no próximo Campeonato Mundial, que será realizado em dezembro.

Já em Salt Lake City (EUA), Marcus Vinicius D'Almeida, vice-campeão mundial em 2014, chegou até a disputa pelo bronze na etapa local da Copa do Mundo. Neste domingo, ele perdeu para Wei Chun-Heng, de Taiwan, terminando em quarto.

DECEPÇÃO – A notícia triste vem do rúgbi feminino, onde a seleção feminina foi rebaixada na World Series. Esse post conta melhor.