Preterido na Olimpíada, David Moura é o novo líder do ranking mundial de judô

Há um ano, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tomava uma decisão polêmica e convocada Rafael Silva para os Jogos Olímpicos do Rio, deixando de fora David Moura, que vinha em melhor fase. Baby não decepcionou, ganhou a medalha de bronze na Olimpíada, mas David Moura não abaixou a cabeça. Nesta segunda-feira, ele pela primeira vez na carreira assumiu a liderança do ranking mundial na categoria peso pesado.

A liderança vem depois de duas medalhas de ouro seguidas de David Moura, que subiu ao lugar mais alto do pódio no Grand Slam da Rússia, em maio, e também no Grand Prix de Cancún, no México, no domingo. Desde a Olimpíada, ele participou de outros três torneios, ganhando mais duas medalhas de bronze, em Tbilisi (Geórgia) e Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

Na categoria peso pesado, liderar o ranking não significa, porém, ser o melhor do mundo. É que o francês Teddy Riner, que continua imbatível, quase não luta – ele ainda não competiu internacionalmente depois da Olimpíada do Rio. Já Rafael Silva foi a três eventos de nível Grand Slam, o mais importante do circuito, e ganhou só uma medalha de bronze. Por isso, hoje é o 13º do ranking.

O ranking mundial desta segunda-feira vai definir os nove convocados do judô masculino do Brasil para o Mundial de Budapeste, no final de agosto. Em duas categorias a CBJ terá dois representantes, enquanto que nas outras cinco deverá ir o melhor do ranking. Assim, seriam convocados Erica Takabatake (até 60kg), Charles Chibana (66kg), Marcelo Contini (70kg), Victor Penalber (81kg), Eduardo Bettoni (90kg), Luciano Correa (100kg) e David Moura. Além deles, devem ser chamados Rafael Silva e Phelipe Pelim (até 60kg), ambos 13º colocados de suas categorias.