Campeã olímpica é suspensa por doping por ir à Casa Branca sem avisar

Um atleta norte-americano não pode ir a lugar algum sem avisar a Agência Antidoping dos Estados Unidos, a USADA. E isso inclui até um encontro com o presidente, na Casa Branca, como ficou evidenciado pela suspensão de um ano imposta à atual campeã olímpica dos 110m com barreiras Brianna Rollins. Em setembro do ano passado, os agentes da USADA foram até a casa dela para colher um exame antidoping surpresa, mas ela estava em Washington, na Casa Branca, sendo recepcionada pelo presidente Barack Obama.

Pelas regras da USADA, um atleta que perder três exames surpresas num período de 12 meses fica automaticamente suspenso por um ano. E foi o que aconteceu com Rollins. Em abril, ela não foi encontrada porque estava viajando para uma competição. Depois, em setembro, perdeu dois exames antidoping. Em um para ir à Casa Branca, e em outro para participar do "Brianna Rollins Day", um evento de homenagem a ela na sua cidade natal, na Flórida.

Pelas redes sociais, Rollins explicou que passou por 16 exames antidoping durante a temporada 2016 e todos demonstraram que ela estava limpa. Mas que em três ocasiões, ela não foi encontrada pela agência antidoping para os testes surpresas – pelas regras mundiais, um atleta que faz parte de uma lista de acompanhamento precisa informar seu roteiro diário, para que possa ser localizado para testes surpresa.

Campeã olímpica, a norte-americana de 25 anos ficará suspensa até o dia 18 de dezembro, perdendo, assim, toda a temporada 2017, inclusive o Campeonato Mundial, que vai acontecer em agosto, em Londres. Em nota, a USADA lembrou que Rollins não é suspeita de consumir substâncias dopantes e admitiu ser difícil impor uma pena tão dura à barreirista.