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Olhar Olímpico

Facebook promete 'evolução constante' para transmitir Libertadores

Demétrio Vecchioli

20/12/2019 04h00

Até nove jogos de times brasileiros podem ter transmissão exclusiva do Facebook na Copa Libertadores do ano que vem, incluindo um Gre-Nal. No ano passado, a audiência do Facebook Watch chegou a 1 milhão de pessoas simultaneamente em um jogo do Flamengo e a transmissão apresentou falhas.

Diante da expectativa por mais uma temporada e da presença das quatro equipes de maior torcida do país, o gerente de parcerias de esportes do Facebook no Brasil, Pitter Rodriguez, diz que a plataforma está em "evolução constante" não apenas de um ano para outro, mas dentro de um mesmo torneio.

"É uma evolução constante. Isso não é só o Facebook, qualquer plataforma digital, e não estou falando só de transmissão ao vivo. As pessoas vão se conectando mais e, à medida que o público vai aumentando, você tem mais demanda de infraestrutura. A gente faz investimento o tempo todo, não só em infraestrutura, para transmissão ao vivo, mas melhoria para que essa infraestrutura seja cada vez menos sobrecarregada. Não é só comprar mais servidores, mas fazer com que a tecnologia consuma menos dados, menos servidores, menos recursos de processamento de dados", explica.

De acordo com ele, as partidas de futebol da Libertadores e da Champions League transmitidas ao vivo são oportunidades para o Facebook lidar com grandes públicos e trabalhar para o desenvolvimento das plataformas.

"Quando a gente adquiriu esses direitos, a gente sabia que o esporte tem uma massa de pessoas interessadas no assunto. A gente coloca esse produto de transmissão ao vivo num lugar de teste real muito grande. O futebol ele, pela massividade, ajuda a trazer uma quantidade de gente tal que a gente consegue entender quais são as necessidades que a gente tem de investimento", explica.

Assim como aconteceu no ano anterior, a rede social continuará com a exclusividade nas partidas realizadas às quintas-feiras na Libertadores. Se tudo der certo, um dos duelos será o Gre-Nal. Para isso, o Internacional precisará passar pelas duas fases preliminares. Se o time colorado tiver sucesso, cairá no Grupo E, o mesmo do Grêmio. Um dos jogos das duas equipes na chave seria no dia 12 de março, uma quinta-feira, com transmissão do Facebook.

Caso chegue à fase de grupos, o Internacional também jogaria em uma quinta-feira contra a Universidad Católica (CHI), no dia 7 de maio. Já o Grêmio terá seu jogo contra o América de Cali, no mesmo dia, também transmitido pela rede social.

O Corinthians vive situação semelhante à do Inter. Para chegar à fase de grupos, a equipe paulista precisará passar por duas fases preliminares. Caso consiga, cairá na mesma chave do Palmeiras e jogará em duas quintas-feiras: ambas contra o Tigre (ARG), em 19 de março e 23 de abril. Dos oito times brasileiros na competição, apenas Athletico e Palmeiras não têm jogos agendados para quinta-feira na fase de grupos.

Confira os jogos brasileiros que serão transmitidos pelo Facebook na fase de grupos:

05/03: Binacional (PER) x São Paulo
12/03: Grêmio x G4 (pode ser o Inter)
19/03: Independiente Del Valle (EQU) x Flamengo
19/03: G2 (pode ser o Corinthians) x Tigre
09/04: Delfín (EQU) x Santos
23/04: Olimpia (PAR) x Santos
23/04: Tigre x G2 (pode ser o Corinthians)
07/05: Universidad Católica x G4 (pode ser o Inter)
07/05: Grêmio x América de Cali (COL)

 

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.