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Olhar Olímpico

Botafogo tem ginásio vetado pelo NBB e precisa fazer reformas

Demétrio Vecchioli

11/10/2019 04h00

Ginásio do Botafogo no NBB (divulgação)

O Botafogo não poderá utilizar seu próprio ginásio na temporada 2019/20 do Novo Basquete Brasil (NBB), a não ser que realize adequações para ampliar a capacidade de público. Por causa disso, todos os jogos do clube carioca como mandante na competição aparecem na tabela como "local não confirmado".

O regulamento do NBB estabelece que, para receber partidas da fase eliminatória, quando todos os times se enfrentam em turno e returno, os ginásios devem ter capacidade mínima de 1.000 lugares sentados. Na inspeção realizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB) foram contabilizados 720 assentos permanentes no ginásio de General Severiano.

A regra já constava no regulamento do ano passado, mas na ocasião o Botafogo recebeu uma autorização extraordinária. "Isso serviu para que o clube tivesse mais tempo para se adequar. O clube foi avisado com antecedência que para essa temporada teria que regularizar a questão da capacidade", explicou a Liga, ao ser contactada pelo Olhar Olímpico.

Só depois da inspeção da LNB, porém, é que o Botafogo decidiu agir. "Vamos fazer a alteração e adequar ao que foi solicitado", diz Gláucio Cruz, diretor geral de esportes do Botafogo. Segundo ele, estão sendo construídas novas arquibancadas, com total de 200 assentos – 100 de cada lado. Os assentos extras são de cadeiras de lateral de quadra, provisórias, também contabilizados para se atingir o mínimo de 1.000 lugares.

A expectativa do Botafogo é que as obras fiquem prontas até o primeiro jogo da equipe em casa pelo NBB, na terceira rodada, contra o Paulistano, no dia 29 de outubro. Depois a equipe só volta a jogar em casa em 11 de novembro, diante do São Paulo.

Além do Botafogo, o Pinheiros também não tem um ginásio com 1.000 lugares permanentes. Oficialmente o Henrique Villaboim tem 840 assentos de arquibancada. O Pinheiros, porém, costuma instalar arquibancadas provisórias atrás de uma das tabelas, completando a capacidade mínima.

Outros seis ginásios têm capacidade inferior a 2 mil lugares: do estreante Pato Basquete (o ginásio do Sesi de Pato Branco, 1.000), do Brasília (ginásio da ASCEB, 1.100), da Unifacisa (1.200), do Paulistano (1.280), do São José (ginásio Linneu de Moura, 1.600) e do São Paulo (1.918).

Ao mesmo tempo só outros quatro ginásios têm capacidade para mais de 4 mil pessoas, mínimo exigido para as finais: do CFO de Fortaleza, casa do Basquete Cearense, para 21 mil pessoas, o Pedrocão (Franca), para 6 mil, o Ginásio Wlamir Marques (Parque São Jorge, do Corinthians), para 8 mil, o Hugo Ramos (Mogi), para 5 mil, e a Arena Minas Tênis Clube, para 4 mil.

O Flamengo não tem uma casa fixa e seus jogos de 2019 aparecem na tabela como em "local não confirmado". O clube deverá atuar em três ginásios durante a competição, dependendo do adversário e do momento da equipe.

Na tabela, todos os jogos de 2020 estão marcados para a Arena Carioca 1, que pertence ao governo federal, mas que está abandonada depois do fim da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO). Historicamente a casa do Flamengo é o ginásio do Tijuca Tênis Clube, mas o clube rubro-negro hoje é o concessionário também do Maracanãzinho, utilizado nas finais da temporada passada.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.