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Olhar Olímpico

Seleção masculina de ginástica está garantida em Tóquio

Demétrio Vecchioli

07/10/2019 10h31

(Ricardo Bufolin/CBG)

A seleção brasileira masculina de ginástica artística cumpriu seu objetivo no Mundial que está sendo disputado em Stuttgart (Alemanha) e conseguiu a tão sonhada vaga olímpica. Nesta segunda-feira (7), após as duas primeiras rotações do dia, só EUA, China e Japão ultrapassaram o Brasil, que se apresentara no domingo (7). Com isso, não há mais risco de a equipe brasileira terminar a competição abaixo da 12ª colocação.

O Brasil competiu no primeiro dos dois dias de eliminatórias masculinas e somou 247,236 pontos, só ficando atrás de Rússia e Taiwan. Faltando ainda a última rodada de apresentações, caiu para o nono lugar, ficando, portanto, fora da final pela primeira vez desde 2014. 

Com a vaga olímpica, o Brasil passa a ter direito de levar quatro ginastas para Tóquio-2020, que poderão competir por todas as medalhas, incluindo a prova por equipes. Os convocados só serão definidos no ano que vem, mas hoje os favoritos são Arthur Zanetti, Chico Barretto, Arthur Nory e Caio Souza, que formam a base da seleção em Stuttgart. Na fase de classificação, Lucas Bittencourt foi o pior brasileiro – no Mundial a equipe tem cinco atletas.

O Brasil ainda pode classificar outros ginastas para competirem apenas nas provas individuais, mas a chance de isso ocorrer é pequena. As vagas precisariam vir pelo ranking de aparelhos da Copa do Mundo, onde só Arthur Zanetti se destaca, mas ele já deverá ser convocado para competir pela equipe. Diego Hypolito até tentou vaga assim, mas foi mal nas etapas que disputou.

No sábado, a equipe feminina falhou na tentativa de classificação para a Olimpíada, depois de brigar por medalhas no Mundial anterior. O time competiu desfalcado de Rebeca Andrade e podendo contar com Lorrane Oliveira em um aparelho só. Jade Barbosa se lesionou no salto e não conseguiu se apresentar nos outros aparelhos. A outra componente do que seria o quarteto ideal brasileiro, Flávia Saraiva, não tinha como resolver sozinha. O Brasil ficou em 14º, fora da zona de classificação.

Por ser finalista no solo, na trave e no individual geral, Flavinha tem vaga nominal para a Olimpíada. Outras vagas poderão vir também pela Copa do Mundo de Individual Geral e pelo Pré-Olímpico das Américas, em maio do ano que vem, onde Rebeca Andrade tende a competir.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.