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Olhar Olímpico

Riner 'reaparece' após dois anos e competirá em Brasília na semana que vem

Demétrio Vecchioli

01/10/2019 12h35

Teddy Riner (divulgação/IJF)

Faltando menos de um ano para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Teddy Riner decidiu voltar a competir. Um dos maiores nomes do esporte na atualidade, invicto desde 2010, o francês está inscrito para disputar o Grand Slam de Brasília, que começa no domingo (6) e vai até terça-feira (8) da semana que vem. O torneio marca a volta de etapas do Circuito Mundial ao Brasil depois de sete anos.

Indiscutivelmente superior a todos seus adversários, Riner quase não competiu no atual ciclo olímpico. Mas, para buscar o tricampeonato olímpico em Tóquio, ele precisa estar bem ranqueado. E melhor se for em situação de ser cabeça de chave, para fugir dos principais rivais até pelo menos a semifinal.

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Para isso, Riner precisa de pontos no ranking mundial. Em julho ele voltou ao Circuito Mundial ganhando um Grand Prix em Montreal (Canadá). Depois, não foi ao Campeonato Mundial de Tóquio para tentar seu 11º título (oitavo da categoria +100kg), guardando fôlego para disputar o Grand Slam de Brasília, que tende a ser esvaziado.

Por ser o primeiro evento do circuito do mundial, o Grand Slam não vai contar com uma série de atletas que aproveita as semanas depois do Mundial para descansar. Como dono da casa, o Brasil vai ter força máxima, o que inclui Rafael Silva e David Moura, que respectivamente ocupam o sexto e o nono lugar do ranking olímpico e disputam entre eles a vaga brasileira em Tóquio.

Desde os Jogos Olímpicos do Rio, Riner só disputou quatro eventos internacionais: o Mundial de 2017, o Grand Prix de Zagreb (Croácia) e o Mundial "Open" (aberto para todas as categorias) todos em 2017, e o Grand Prix de Montreal. Ganhou ouro em todas as competições, como acontece desde 2010. Como só tem 700 pontos, Riner é hoje o 36º do ranking mundial. Se vencer em Brasília, vai a 1.700 pontos, entre os 20 primeiros do mundo.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.