Presidente da confederação de natação deverá ser afastado em meio ao Pan
Miguel Cagnoni deverá ser afastado do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) na terça-feira. Ele foi convocado para uma reunião no qual os presidentes de pelo menos uma dezena de federações, as mais importantes do país, exigirão seu afastamento. Sem força política e fragilizado física e psicologicamente, ele deverá entregar o cargo.
Nesta segunda (29), Cagnoni, que foi eleito para o cargo em 2017, disse à Veja que já não tem a ver com os problemas da confederação, porque está afastado do posto. Se está, a informação ainda não é conhecida por ninguém. Nem pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), nem pelos atletas, nem pelos presidentes de federações.
Durante a participação do Brasil no Mundial de Esportes Aquáticos na Coreia do Sul, a empresa que cuida do site e da apuração de resultados da CBDA há muitos anos enviou carta à comunidade para informar que desligaria o sistema, porque não recebe pagamentos há sete meses. Miguel pediu que a empresa esperasse até o fim do Mundial, que aconteceu no domingo.
Na quarta-feira, ele deveria participar de uma reunião em São Paulo pela manhã. À tarde, os presidentes têm convocada outro encontro, somente entre eles. Devem decidir os rumos de uma confederação à deriva. O pernambucano Luiz Fernando Coelho de Oliveira, assume o cargo por estatuto.
A confederação vive há meses no escuro. Fechou sua sede, para economizar dinheiro, e trabalha em um pequeno escritório na federação do Rio, onde só cabem três computadores. Por falta de pagamento, a assessoria de imprensa parou de trabalhar. O CEO contratado no primeiro semestre ficou um mês no cargo e pediu demissão por não conseguir executar o que propunha. Não se sabe quem ocupou seu lugar.
Ricardo Prado chegou a anunciar para funcionários da confederação que passaria a exercer essa função, mas não se conhece nenhum documento que o nomeie. Presidentes de federações criticam exatamente essa falta de transparência, que fez Miguel perder seu maior aliado, o ex-diretor Renato Cordani. Eles ficaram sabendo pela imprensa, por exemplo, que os Correios impuseram uma multa de R$ 2 milhões à confederação por má gestão dos recursos repassados.
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