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Olhar Olímpico

Após F1 dar exclusividade ao Rio, SP vê jogo aberto e mantém otimismo

Demétrio Vecchioli

13/07/2019 17h38

O governo de São Paulo tenta transparecer otimismo mesmo depois de o Rio de Janeiro dar um passo importante na disputa para ter o GP Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021. Conforme revelou o UOL Esporte mais cedo neste sábado (13), o Rio terá exclusividade na negociação até o final de novembro, o que deve, pelo acordo, paralisar as negociações entre São Paulo e os donos da F1.

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"O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Turismo, mantém a posição de que a decisão sobre a Fórmula 1 a partir de 2021 ainda não estão tomada. E São Paulo segue com as melhores perspectivas para a renovação do contrato por mais 10 anos", disse o governo estadual, em nota assinada pelo secretário de Turismo, Vinicius Lummertz. O blog também perguntou o governo foi informado do acordo, mas não resposta.

A exclusividade de negociação concedida ao Rio de Janeiro é uma derrota para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e para o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), que até aqui vinham acompanhando o Rio a cada passo dado pelo concorrente.

Depois que o Rio conseguiu uma declaração pública de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Doria e Covas uniram forças e deram o troco apresentando credenciais para a F1 continuar em São Paulo, com apoio de toda a bancada paulista de deputados federais.

No mês passado, quando o CEO da F1, Chase Carey, desmarcou uma reunião com os tucanos para encontrar Bolsonaro e o governador do Rio, Wilson Witzel, em Brasília, os paulistas reagiram com nova demonstração de forças. Encontraram-se com Carey no dia seguinte no Palácio dos Bandeirantes e concederam entrevista coletiva apontando que a corrida estava aberta e empatada. Na ocasião, Doria conseguiu que líderes partidários da Assembleia Legislativa, mesmo do PSOL, do PT e do PSL, o apoiassem formalmente. 

O Olhar Olímpico também solicitou comentários por parte da prefeitura de São Paulo, mas não obteve resposta até a publicação desta nota.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.