Flamengo quer franquia de escolinhas para revelar atletas olímpicos
Cada vez mais relevante no cenário esportivo além do futebol, o Flamengo quer expandir suas fronteiras. Com equipes fortes em ao menos oito modalidades, o clube rubro-negro coloca como uma das prioridades para os próximos anos o desenvolvimento de franquias de escolhidas de esportes olímpicos. A ideia é aumentar o número de atletas revelados pelo clube, que pretende fechar 2019 com 4 mil alunos em suas escolinhas apenas na Gávea, depois do término da segunda piscina olímpica e da cobertura de quadras externas, de vôlei e basquete. Seis núcleos de um projeto social de basquete têm outros 700 meninos.
"De uma forma geral, o limitador para a captação de mais alunos é a estrutura física do clube; temos modalidades com fila de espera. Diante desse cenário, estamos desenvolvendo um projeto de franquia nacional das Escolas de Esportes que, se bem sucedido, além de elevar exponencialmente o atendimento, gerará recursos importantes para o financiamento dos esportes olímpicos e possibilitará uma maior captação de atletas para a base", explica Delano Franco, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo.
O clube rubro-negro é atual campeão brasileiro de nado artístico, ginástica artística feminina e polo aquático feminino. Este ano, ainda conseguiu o acesso na Superliga B e está na final do NBB. Na Liga de Polo Aquático masculina, foi sétimo. No último Troféu Brasil de natação, quinto.
Entre as modalidades na qual o novo vice pretende investir é o judô. O clube conta com a renomada treinadora Rosicleia Campos e com a judoca campeã olímpica Sarah Menezes. "Após a melhoria da infraestrutura com a reforma dos locais de treinamento e Centro de Força, o judô está em um processo de desenvolvimento dos atletas da base, até sub 23, para em pouco tempo termos uma equipe competitiva tanto no feminino quando no masculino", explica.
De acordo com ele, por enquanto o Flamengo não pretende avançar em modalidades nas quais não possui equipes, como o atletismo. Da mesma forma, ao menos no curto prazo, o clube não pretende montar times de basquete feminino e vôlei masculino, por exemplo.
"No curto prazo nosso foco é elevar ao máximo o nível técnicos das modalidades e categorias que já possuímos. Uma concentração de esforços, de modo que o Flamengo dispute pódio onde estiver e se posicione como principal potência olímpica do Brasil. No médio prazo, se alcançarmos nossos objetivos com as modalidades existentes, o que depende de financiamento e gestão, ponderaremos sobre a abertura de novas", afirma.
Sem contar com o futebol, o Flamengo atualmente tem 774 atletas federados (427 no masculino e 347 no feminino), além dos atletas que compõem as pré-equipes ou estão em fase de testes. Nessa conta também entram o remo e a canoagem, que, por uma questão histórica dentro do Flamengo, estão sob o comando de uma vice-presidência específica.
Para aumentar esse número de atletas e conquistar melhores resultados, o clube aposta também na Lei de Incentivo ao Esporte e nos convênios com o CBC. "Queremos aumentar expressivamente o volume captado; diversos clubes com menos expressão que o Flamengo têm obtido recursos incentivados mais vultosos. Para isso, está sendo montada uma equipe de marketing dedicada exclusivamente aos Esportes Olímpicos, com metas agressivas de captação."
Em entrevista ao site do Flamengo, ele já havia falado sobre essas estratégias. "Uma série de iniciativas estão sendo boladas para incrementar o financiamento via patrocínios diretos e incentivados. Por exemplo, campanhas para trazer para os Esportes Olímpicos patrocinadores com tíquete insuficiente para o futebol, e maior presença de nossos atletas olímpicos de ponta nas ações de captação e ativação."
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