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Olhar Olímpico

Lateral de rival do Santos na Copa do Brasil é pego no doping por cocaína

Demétrio Vecchioli

28/05/2019 17h27

Diego Correa, então no CRB. Hoje ele defende o América-RN (Douglas Araujo/CRB)

O futebol brasileiro tem mais caso de doping por cocaína. Nesta terça-feira (28), a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informou a suspensão preventiva do lateral-esquerdo Diego Pereira Correa, conhecido como Diego Corrêa, do América-RN. O exame foi colhido após partida contra o Santos, pela Copa do Brasil, no início de março.

A amostra colhida naquele dia, após vitória santista por 4 a 0 no Pacaembu, indicou a presenta no organismo dele da substância proibida Benzoylecgonine, um derivado da cocaína. Foi essa mesma substância que causou o doping do são-paulino Gonzalo Carneiro, em exame realizado uma semana depois – o anúncio do caso do uruguaio, porém, ocorreu há mais de um mês.

Lateral de 35 anos, Diego Correa passou por Bahia, Mirassol, Goiás e Macaé antes de iniciar as duas passagens mais marcantes de sua carreira: pelo São Caetano (2011 a 2013) e pelo CRB (2016 até o início da atual temporada). Pelo América-RN, ele não joga desde o começo de abril. Não atuou, assim, em nenhum jogo da Série D.

Diego é o quarto jogador do futebol brasileiro suspenso no último ano por apresentar resultado analítico adverso para cocaína em exame antidoping. O caso mais recente foi de Gonzalo, que também está suspenso preventivamente.

Em abril, o volante Joilson também foi suspenso preventivamente depois de um exame antidoping apontar um metabólito da cocaína. De acordo com a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), o exame dele foi colhido em 27 de janeiro, na Copa Verde. Naquele dia, Joilson defendeu o ABC em uma partida contra do Altos, do Piauí, pela Copa do Nordeste.

A outra suspensão por cocaína em vigor no futebol brasileiro data da primeira fase do Campeonato Paulista do ano passado. Em 21 de março de 2018, o atacante Diogo Vitor, do Santos, também testou positivo para cocaína. Ele nem pediu a contraprova e o julgamento dele no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJDAD) aconteceu em tempo recorde. Suspenso por dois anos, ele só volta a jogar em abril de 2020.

 

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.