Topo

Olhar Olímpico

Aos 43, Tiger Woods diz que vai buscar ouro olímpico inédito

Demétrio Vecchioli

15/05/2019 15h30

(foto: Warren Little/Getty Images)

Um dos maiores esportistas de todos os tempos, Tiger Woods quer entrar para o olimpo. Aos 43 anos e de volta à melhor forma, o norte-americano revelou que pretende disputar os Jogos de Tóquio, em 2020, para fazer sua estreia em Olimpíadas.

"Eu nunca joguei a Olimpíada e tenho certeza de que não terei mais oportunidades, agora aos 43 anos, para jogar outras Olimpíadas. Isso é algo que eu certamente gostaria de fazer, se eu fizer parte da equipe", disse Woods, em entrevista coletiva.

O golfe voltou a ser olímpico nos Jogos do Rio, em 2016, quando o norte-americano parecia estar no fundo do poço. Envolvido em uma série de polêmicas, ele fechou o ano de 2015 na 416ª colocação do ranking mundial e só disputou um torneio em 2016. Obviamente, não entrou na equipe norte-americana.

Desta vez é diferente. Os Estados Unidos têm direito a levar quatro atletas e Woods pode ser um deles. O veterano é atualmente o sexto colocado do ranking mundial, exatamente o quarto melhor norte-americano, mesmo jogando muito menos que seus rivais. Nos últimos dois anos, ele participou de 26 eventos, contra uma média de 45 dos primeiros colocados.

"Quantos eventos eu jogo? Acrescento mais alguns para entrar (na convocação)? Essas são todas as perguntas que serão respondidas daqui para frente. Eu só sei que se eu jogar bem nos grandes torneios como eu fiz este ano, as coisas vão se resolver", avaliou.

A partir desta quinta-feira (16) e até domingo (19), Woods joga o US PGA Championship, segundo dos quatro eventos de nível Major da temporada. O primeiro deles, o Masters, foi vencido exatamente pelo norte-americano.

Também em entrevista coletiva antes do início do torneio,  Rory McIlroy, atual quarto do mundo, disse que muito provavelmente também aceitará a convocação para Tóquio. "Quando menino, sempre foi meu sonho jogar pela Irlanda", disse ele, que representa a Irlanda do Norte no circuito mundial de golfe, mas que é filiado à federação da Irlanda.

McIlroy foi um dos protagonistas das semanas que antecederam à Rio-2016 porque anunciou que não disputaria a Olimpíada com medo do vírus da zika, causando extensiva repercussão internacional. Passada a Rio-2016 ele revelou que na verdade não veio ao Brasil porque não achava a Olimpíada algo relevante para o golfe e porque não estava à vontade com a questão sobre sua nacionalidade.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.