Após doping de rival, Fernando Reis deve herdar bronze no Mundial
Fernando Reis Saraiva tem tudo para ser o primeiro brasileiro medalhista em um Mundial de Levantamento de Peso. Ele deve herdar a medalha de bronze da competição realizada no ano passado. Isso porque o atleta que encerrou o Mundial na terceira colocação, Rustam Djangabaev, do Uzbequistão, foi flagrado em exame antidoping realizado durante o torneio.
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A suspensão provisória aplicada a Djangabaev foi anunciada na última quinta-feira (11) pela Federação Internacional de Levantamento de Peso (IWF, na sigla em inglês), mas só nesta segunda (15) começou a repercutir no Brasil.
O Mundial foi disputado em Ashgabat, no Turcomenistão, na primeira semana de novembro, e até agora oito atletas já foram suspensos por resultados analíticos adversos. Djangabaev, que também foi bronze nos Jogos Asiáticos do ano passado, testou positivo para um hormônio do crescimento artificial.
A suspensão ainda precisa ser confirmada por tribunal, o que raramente deixa de acontecer. Aí, ele vai perder as duas medalhas que conquistou no Mundial, na categoria peso pesado: foi bronze tanto no total quanto no arremesso (nos Mundiais, diferente da Olimpíada, que só premia a soma dos pesos levantados no arranco e no arremesso, também há distribuição de medalha para cada uma dessas duas etapas.
Fernando Reis encerrou a prova no Mundial com 436kg, contra 447kg de Djangabaev. Tanto no arranco quanto no arremesso, terminou em quinto – agora, será promovido ao quarto lugar. Na Rio-2016, o brasileiro foi quinto colocado, logo à frente de Djangabaev.
Em dezembro, Fernando conversou com o Olhar Olímpico e falou sobre a possibilidade de um dia herdar uma medalha. "Para mim não ia mudar em nada. Pegar medalha é no dia da competição. É brigar de igual para igual, numa condição de homem. Pegar a medalha depois de 10 anos? O que significa isso? Absolutamente nada".
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.
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Sobre o blog
Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.
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