Justiça solta técnico acusado de abusar sexualmente de menina de 12 anos
A Justiça do Paraná concedeu habeas corpus e colocou em liberdade nesta sexta-feira (8) o ex-técnico da seleção brasileira de esgrima acusado de abusar sexualmente de uma aluna de 12 anos. Ele havia tido sua prisão temporária, de 30 dias, decretada no último dia 11 de fevereiro, e deveria ficar em custódia da Justiça até a semana que vem, pelo menos.
A assessoria de imprensa do TJ-PR alegou que o processo corre em segredo de Justiça na Vara de Infrações contra Crianças, Adolescentes e Idosos e Infância e Juventude de Curitiba para não comentar sobre a decisão, confirmada pelo Olhar Olímpico por uma fonte.
De acordo com essa fonte, o Ministério Público surpreendeu ao não solicitar que a prisão temporária fosse transformada em preventiva. Sempre segundo essa fonte, que não quer ter seu nome revelado, o MP defendeu que não existem razões para manter o treinador em custódia enquanto a Polícia Civil do Paraná investiga o caso.
O Ministério Público não pode se pronunciar sobre o tema por se tratar de um caso que corre em sigilo de justiça.
Em entrevista coletiva após a prisão, o delegado José Barreto de Macedo Júnior fez um apelo para que outras supostas vítimas do treinador, bastante conhecido na comunidade da esgrima, se apresentassem à polícia. Mas, ainda de acordo com essa fonte do Olhar Olímpico, nenhuma outra vítima se apresentou.
O treinador, que não está tendo seu nome revelado a pedido da Polícia Civil do Paraná, de forma a preservar a vítima, chegou a servir à seleção brasileira, convocado pela Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) para participar de uma missão do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ele trabalhava no Círculo Militar do Paraná à época das acusações, mas foi demitido dias antes do pedido de prisão, feito pela Nucria – Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes, da Polícia Civil.
A suposta vítima só teria tido coragem de revelar à mãe sobre o assédio quando o treinador se ausentou do país, de férias. Antes, a mãe havia notado que a filha vinha tendo notas mais baixas que usual, estava com comportamento agressivo e já não se cuidava mais.
O assédio teria acorrido durante treinamentos no Circulo Militar. "Uma aluna teria alegado que ele estaria se aproveitando das aulas, no alongamento, para se aproveitar das vítimas. Ele passava o dedo dentro da vagina da menina, beijava os seios da menina, entre outras situações que ocorriam nos treinos, que eram individuais", contou o delegado José Barreto de Macedo Júnior. A ele, o treinador negou as acusações e disse que sequer tocava a menina.
Em seu site, o Círculo Militar promove a escolinha anunciado "professores experientes, e atenciosos, para auxiliar e definir o melhor treino". Uma semana antes da prisão, o treinador, que trabalhava apenas com as categorias de base, foi demitido pelo clube.
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