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Olhar Olímpico

Após tragédia do Flamengo, Juventus-SP estuda fechar categorias de base

Demétrio Vecchioli

13/02/2019 13h03

(Lucas Lima/Folhapress)

O "Moleque Travesso" pode deixar de ser moleque. Um dos clubes mais tradicionais da cidade de São Paulo, o Juventus, da Mooca, fechou na terça-feira (12) o único alojamento que atendia às suas categorias de base. E estuda, inclusive, também deixar de apostar na formação de atletas.

"(A continuidade) das categorias de base está sendo estudada. A diretoria vai decidir isso. Podemos fechar ou fazer alguma parceria. Isso está sendo estudado", disse o diretor de gestão do Juventus, Celso Bianchi Barroso, na saída de uma reunião na Secretaria Municipal de Esporte (SEME), exatamente para discutir a situação dos alojamentos dos clubes profissionais de São Paulo.

De acordo com ele, apenas dois jovens, de 16 e 17 anos, estavam morando no alojamento do clube na terça-feira. Depois que a prefeitura de São Paulo notificou as equipes de que deveriam voluntariamente fechar as estruturas que não estavam com a documentação em dia, o Juventus mandou esses dois atletas de volta para suas casas. Outros garotos, das categorias sub-15 e sub-17, estão de férias.

Agora, podem simplesmente não voltar. Segundo Barroso, o Juventus não tem condições financeiras de arcar com as obras de adaptação do alojamento, que fica dentro da área do seu estádio, a famosa Rua Javari.

Com Arthur Sandes
Do UOL, em São Paulo

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.