Almir abre temporada com ouro e se aproxima de recorde de Jadel
Almir Júnior está pronto para mostrar que a excelente temporada de 2018, a sua primeira no salto triplo, não foi um ponto fora da curva. Em sua primeira competição internacional de 2019, ele venceu um torneio indoor na Universidade de Kent, em Ohio (EUA), com 17,46m.
O resultado, na madrugada brasileira deste domingo (10), o coloca no segundo lugar do ranking mundial indoor neste começo de temporada. Mas o feito de Almir vai muito além disso. O brasileiro fez o terceiro melhor salto do mundo desde 2013, o 16º melhor de década, um dos 40 melhores do século.
Atleta mediano do salto em altura, sem resultados expressivos na carreira adulta, Almir migrou para o salto triplo no fim de 2017. Em 2018, foi bem nesta mesma competição em Ohio e ganhou convites para participar de eventos mais importantes. Com um bom resultado atrás do outro, chegou ao Mundial Indoor como quase desconhecido e saiu com uma medalha de prata.
Na temporada ao ar livre, chegou a fazer uma grande exibição na França em maio, que o colocou na terceira posição do ranking mundial, mas depois sofreu com lesões. Até este domingo foram oito meses sem competir. "Não teve parada nem para o Natal e Ano-Novo. Mas não estou no meu 100% e ainda tenho espaço para melhorar, com calma", disse, à assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), depois da prova.
Com o resultado em Ohio, Almir confirmou o índice para o Mundial de Doha, no Catar e também fez o índice para os Jogos Pan-Americanos de Lima. Ficou a dez centímetros do recorde sul-americano indoor, de Jadel Gregório. Ele ainda compete mais duas vezes nos Estados Unidos, nos próximos dias 16 e 19.
Thiago Braz ganha bronze
Em sua terceira competição na temporada indoor, Thiago Braz foi ao pódio. Em Rouen, na França, no sábado, garantiu a medalha de prata, com 5,65m. Foi superado pelo norte-americano Sam Kendricks (5,90m) e o superou, pelos critérios de desempate, o grego Konstantinos Filippidis. Nos últimos dois anos, o evento em Rouen foi o ponto alto da temporada de Thiago, com 5,86m em 2017 e 5,90m em 2018.
"Ainda não conseguimos uma boa condição física para esta temporada, pois estamos adaptando os treinos no Brasil e tivemos pouco tempo. Ainda temos competições aqui na Europa e acho que ele pode melhorar a marca", disse o técnico Elson Miranda.
Campeão olímpico Thiago vem de uma temporada muito ruim, na qual foi só o 20º do ranking mundial outdoor, com 5,70m – um achado, porque seu segundo melhor salto no ano foi de 5,60m. Ficou abaixo do índice para disputar o Mundial, por exemplo.
Com os 5,65m de sábado, Thiago é o 18º, apenas, do ranking mundial indoor. Enquanto isso, já são sete concorrentes dele acima de 5,80m na temporada. Desde o ouro olímpico, o brasileiro só saltou neste nível duas vezes: exatamente as últimas duas edições do torneio de Rouen.
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