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Olhar Olímpico

Brasil atropela Coreia e está entre os 12 melhores no Mundial de Handebol

Demétrio Vecchioli

17/01/2019 14h15

Seleção brasileira de handebol comemora vitória no Mundial (divulgação/IHF)

Pela primeira vez na história, após 14 participações, o Brasil está entre os 12 melhores times do Mundial Masculino de Handebol. O feito foi alcançado nesta quinta-feira (17), depois de vitória fácil por 35 a 26 sobre o time da Coreia unificada, que inclui jogadores das Coreias do Sul e do Norte. Foi a terceira vitória seguida da equipe, algo que também nunca havia ocorrido numa competição deste porte.

O feito ganha em relevância porque este Mundial, disputado na Alemanha e na Dinamarca, tem um novo formato. Se antes os quatro primeiros colocados de cada grupo de seis avançavam, agora só passam os três melhores. E o Brasil caiu em um grupo difícil, com outros três quatro europeus. Precisava vencer a Coreia, de quem é superior, e dois times europeus, algo que nunca havia ocorrido em Mundiais.

Mas aconteceu em 2019. Depois de perder para a bicampeã mundial França na estreia por dois gols de diferença e ser arrasado pela Alemanha, dona da casa, o Brasil reagiu vencendo a Sérvia, na segunda, e a Rússia, na terça. Nesta quinta, a vitória sobre a Coreia era tida como obrigação.

Agora o Mundial continua, a partir de sábado, com dois hexagonais. Brasil, França e Alemanha, do Grupo A, estão na mesma chave que os times do Grupo B: Espanha, Croácia, e quem vencer o duelo entre Macedônia e Islândia, ainda nesta quinta-feira. Os resultados da primeira fase são carregados, então o Brasil parte de zero pontos (porque perdeu de França e Alemanha) e faz três jogos contra os times do Grupo B.

Só os dois primeiros avançam à semifinal, o que será uma tarefa quase impossível para o Brasil. A equipe comandada pelo técnico Washington Nunes precisa vencer as três partidas, para somar seis pontos, e torcer por uma combinação de resultados. França e Alemanha, que empataram entre si, já têm três. Espanha e Croácia têm dois e se enfrentam logo mais. Um deles pode ir a quatro.

Para o Brasil, de qualquer forma, será a chance de se vingar de dois algozes. Em 2013, 2015 e 2017, a seleção brasileira até avançou às oitavas de final, mas perdeu por um gol e não passou às quartas. Em 2013, caiu diante da Rússia, a quem agora venceu. Em 2015, foi vítima da Croácia. Em 2017, da Espanha. Na Olimpíada do Rio, havia caído para França, nas quartas.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.