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Olhar Olímpico

Witzel diz que tem "compromisso" de Fórmula 1 no Rio em 2021

Demétrio Vecchioli

22/11/2018 00h31

Wilson Witzel (Rommel Pinto/Estadão Conteúdo)

O governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC) indicou que tem um "compromisso" de que a Fórmula 1 vá voltar à capital fluminense a partir de 2021. Na semana passada, depois do GP Brasil de F1 em São Paulo, o chefe-executivo da Fórmula 1, o americano Chase Carey, reuniu-se no Rio com o prefeito Marcello Crivella (PSC), o atual governador Luiz Fernando Pezão (MDB) e o próprio Witzel.

"Tenho o compromisso de em 2021 já ter a Fórmula 1 no Rio. Já tem o projeto do autódromo em Marechal Hermes, com o estádio ao lado. Vamos trabalhar muito para devolver o Rio à dignidade", disse o governador, que participou na noite de quarta-feira (21) de uma premiação no Rio.

O autódromo de Deodoro (bairro vizinho a Marechal Hermes) é um projeto que a prefeitura do Rio atualmente tenta tirar do papel. No começo do mês, o Diário Oficial do Município publicou a convocação para uma audiência pública para discutir, nesta sexta (23), propostas para o edital. O terreno, que pertencia ao Exército e continha artefatos bélicos não-detonados, foi descontaminado e cedido à prefeitura.

O ano de 2021 será decisivo porque o contrato entre o grupo norte-americano Liberty Media, que controla a Fórmula 1, e a prefeitura de São Paulo, para realização do GP Brasil em Interlagos, se encerra em 2020. Assim, se tiver um novo e moderno autódromo à disposição em 2021, o Rio se credencia para voltar a receber a categoria após mais de 30 anos – a última prova lá, em Jacarepaguá, aconteceu em 1989.
Desde 2012, porém, o Rio sequer tem autódromo. O Nelson Piquet, em Jacarepaguá, foi recortado para o Pan e completamente destruído a partir de outubro de 2012, quando recebeu sua última prova. No mesmo local foi construído o que hoje é o Parque Olímpico da Barra. Desde então há a promessa de construir uma nova pista em Deodoro, ao lado do outro Parque Olímpico da cidade.
Secretaria será mantida
Durante o evento da ONG Sou do Esporte, Witzel também prometeu que vai manter o esporte com uma secretaria – atualmente, ela é a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (SEELJE). "Vamos trabalhar bem nessa secretaria de cultura que não vai se juntar com a secretaria de esporte. A questão não é reduzir o numero de secretarias, mas reduzir os cargos. Vamos reduzir custos", comprometeu-se.
Em uma fala em que tocou principalmente no tema da violência – principal mote de campanha – Witzel prometeu ainda a abrir as escolas estaduais para a prática esportiva, citando principalmente as modalidades de luta. "Tem muita gente querendo apresentar projeto de luta nas escolas. Tem muita gente querendo usar o esporte, nada além de entrar no portão da escola."
A Sou do Esporte é uma iniciativa de Fabiana Bentes, que presidente a ONG e está sendo cotada para ser secretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, de acordo com o jornal O Globo.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.