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Olhar Olímpico

Ana Marcela Cunha é tetracampeã do Circuito Mundial de maratonas aquáticas

Demétrio Vecchioli

09/11/2018 13h34

Ana Marcela Cunha (M.A. Teixeira TexBank Image/Nissan)

Ana Marcela Cunha é, de novo, a melhor maratonista aquática da temporada. Nesta sexta-feira, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), ela garantiu o tetracampeonato do Circuito Mundial ao completar a última etapa do calendário na terceira colocação. Antes, a brasileira havia sido campeã em 2010, 2012 e 2014.

O Circuito Mundial (que antes se chamava "World Cup" e agora usa "World Series") teve oito etapas na temporada. Ana Marcela esteve em sete delas, vencendo em St. Lac-Jean (Canadá) e em Balatonfured (Hungria). Em Seychelles foi prata e, em Chun'an (China) ganhou o bronze. No total, teve cinco pódios e um quarto lugar.

Diante da vantagem sobre as rivais, só precisava largar na etapa de Abu Dhabi, obrigatória no calendário, para ficar com o título. Mas foi além e conquistou o bronze, atrás das italianas Arianna Bridi e Rachel Rachele Bruni. Por causa da premiação, essa etapa, que antes era disputada em Hong Kong, é considerada a mais importante do ano, uma vez que em 2018 não é realizado o Campeonato Mundial.

Ainda pesava contra Ana Marcela, na prova desta sexta-feira, o fato de ela estar vindo de três provas praticamente seguidas no Peru, no fim de semana. Ali, ela ganhou três medalhas de ouro no Campeonato Sul-Americano, nos 10km (distância olímpica), nos 5km e na disputa por equipes. Entre os homens, Victor Colonese foi prata nos 10km e Allan do Carmo venceu na meia distância.

Viviane Jungblut foi terceira colocada nas duas provas e, nesta sexta, terminou a etapa de Abu Dhabi em 14º lugar. Depois de aparecer bem em 2017, tirando de Poliana Okimoto a vaga no Mundial, Vivi não fez grande temporada em 2018. Foi prata em St. Lac-Jean, prova mais esvaziada do circuito, e sétima em Victoria. De resto, terminou fora do Top 10.

De qualquer forma, Viviane e Ana Marcela estão garantidas no Mundial de Esportes Aquáticos do ano que vem, na Coreia do Sul, que será fundamental para as duas. Estarão em jogo 10 vagas olímpicas, com a possibilidade de as duas se classificarem. Se só uma pegar a vaga, a outra perde a chance de participar do Pré-Olímpico. Ana Marcela já passou por essa experiência em 2011, quando ficou fora do Top10 do Mundial, Poliana garantiu  vaga olímpica, e Ana teve que ver Londres-2012 pela TV.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.