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Olhar Olímpico

Ginástica brasileira mostra força, mulheres seguem homens e irão à final

Demétrio Vecchioli

28/10/2018 10h45

(RicardoBufolin/PanamericaPress/CBG)

A ginástica artística brasileira cumpriu o primeiro objetivo colocado pela comissão técnica neste Mundial. Depois de os homens garantirem vaga na final por equipes, na sexta colocação, nesta vez foi a vez das mulheres fazerem o mesmo. E de uma forma espetacular, avançando no quinto lugar à final, marcada para terça-feira, em Doha (Qatar).

O desempenho ainda poderia ter sido melhor, não fossem apresentações ruins na trave. Jade Barbosa e Rebeca Andrade caíram, enquanto que Flávia Saraiva passou longe de repetir suas boas performances a que está acostumada no aparelho. A equipe ainda é composta por Lorrane Oliveira e Thais Fidelis.

Só na trave o Brasil fez 3,1 pontos a menos do que a China (37,9 a 41,0). Tirar parte dessa diferença na final de terça-feira pode fazer a equipe brasileira conquistar algo inédito e inclusive inesperado: uma medalha por equipes. É que a China foi a terceira colocada da classificação, atrás só de EUA e Rússia, com 165,196 pontos. O Brasil somou 162,529 e pode até alcançar a Rússia, que fez 165,497 e passou em segundo. Japão, França e Alemanha também estão na final.

Antes, na segunda, o Brasil disputa a final masculina, depois de se classificar à decisão em sexto lugar. Aí, uma medalha já é bastante improvável. O time brasileiro, que tem Chico Barretto, Lucas Bittencourt, Arthur Nory, Arthur Zanetti e Caio Souza, passou à final com 246,961 pontos, contra 253,312 do Japão, o terceiro colocado. Rússia, EUA, China e Grã-Bretanha também ficaram à frente e a tendência é que o Brasil não os consiga ultrapassar.

Para esse Mundial, a delegação tinha algumas metas. Uma delas era classificar às duas equipes às finais. Outra, o que garantiria ao Brasil o direito de disputar com equipe completa o Mundial do ano que vem, que vale nove vagas olímpicas. Outras três, por naipe, estão em jogo em Doha. Se o time feminino for ao pódio, também se garante em Tóquio.

Outra meta era se classificar para o maior número de finais. Os homens garantiram três vagas: Arthur Zanetti está na final das argolas depois de ser o segundo colocado na classificação, atrás apenas do grego Eleftherios Petrounias. Já Caio Souza fará final individual geral, como nono melhor entre os finalistas, e também final no salto, passando em sexto.

No feminino a tendência é a mesma. Flávia Saraiva e Jade Barbosa vão fazer final no individual geral, enquanto que Flavinha ainda tem tudo para disputar a final do solo. Após a sua apresentação, está na sexta colocação.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.