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Olhar Olímpico

Andressa é prata no principal evento da temporada do atletismo

Demétrio Vecchioli

31/08/2018 15h07

Andressa de Morais conquistou, nesta sexta-feira (31), o resultado mais importante da história do atletismo brasileiro nas provas de campo. Mais especificamente no lançamento do disco. Em Bruxelas (Bélgica), ela ganhou a medalha de prata na final da League Diamante. O resultado mostra que o sonho de uma medalha olímpica em Tóquio-2020 não é alto demais.

Em novo formato, esse ano a Liga Diamante teve 12 etapas. Cada prova foi disputada em metade delas, classificando os melhores para as duas etapas finais e complementares: em Zurique (Suíça), na quinta, e em Bruxelas, nesta sexta. Ou seja: a final da Liga tem o peso de um Mundial de Atletismo em 2018, ano esvaziado do calendário.

Até então coadjuvante em competições internacionais, Andressa, de 27 anos, fez grande temporada, com dois quartos lugares em etapas da Liga e o sétimo lugar do ranking mundial. Nesta sexta, o passo adiante. Com um lançamento de 64,65m, ela só ficou atrás da cubana Yaimé Perez, que lançou 65,00m na última tentativa. Em terceiro, a bicampeã olímpica Sandra Perkovic, da Croácia.

Esse é o terceiro grande resultado do atletismo brasileiro na temporada. Em março, Almir Júnior foi medalhista da prata no Mundial Indoor no salto triplo. Em seu primeiro ano nessa prova, ele é o terceiro do ranking mundial. Só não foi a Bruxelas porque, recuperado de uma lesão, preferiu encerrar a temporada mais cedo e pensar em 2019.

Já na quinta-feira, em Zurique, Darlan Romani ficou a um centímetro do seu próprio recorde sul-americano e foi quarto colocado na final da Liga no arremesso de peso. A prova, porém, foi a mais forte da história. Com o resultado que lhe valeu o quarto lugar, o brasileiro seria campeão ou vice em todas as edições do Mundial ou da Olimpíada.

Transposto para outras competições, o desempenho de Andressa nesta sexta-feira valeria o quinto lugar nos dois últimos Mundiais e também na Rio-2016. Vale lembrar que o Brasil nunca ganhou medalha nas provas de campo nessas competições. O melhor desempenho da história foi o quarto lugar de Darlan Romani na Rio-2016.

 

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.