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Olhar Olímpico

Seleção ganha corpo para o Mundial de Piscina Curta, com Nicholas e Breno

Demétrio Vecchioli

27/08/2018 19h52

Nicholas Santos (Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Faltando uma etapa para o fim do Troféu José Finkel, a seleção brasileira que irá disputar o Mundial de Piscina Curta começa a ganhar corpo. Nesta segunda-feira, mais quatro índices foram estabelecidos no Pinheiros, em São Paulo, mas dois desses atletas já estavam garantidos na competição que vai acontecer em dezembro, na China. As novidades no time são Nicholas Santos, nos 50m borboleta, e Breno Correia, nos 200m livre.

Essa, aliás, foi a prova mais interessante do Finkel até aqui. Foi vencida por Luiz Altamir, com 1min42s59, seguido de Breno Correia: 1min42s99. Os dois são do Pinheiros. Em terceiro, Fernando Scheffer, com 1min43s45. Todos abaixo do índice, ainda que só os dois primeiros possam ser convocados. O tempo de Altamir, que já havia se garantido no Mundial pelos 200m borboleta, é novo recorde de campeonato e seria quinto colocado no Mundial passado.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) apontou critérios polêmicos de convocação para o Mundial. Estabeleceu índices fortes, tendo como referência a marca do terceiro colocado das eliminatórias de cada uma das provas no Mundial de 2016. Mas avisou que levará 20 atletas à competição, escolhendo os demais a partir de índices técnicos, sempre dois por prova, e apenas nas provas olímpicas.

Nas provas de "50 metros estilo", só será convocado quem fez índice. É o caso de Nicholas Santos, que marcou 22s17 e anotou novo recorde do campeonato. Ele tem tudo para chegar ao pódio na China, depois de ser prata em 2014. O tempo feito nesta segunda é para igualar o resultado de dois quatro anos atrás.

Guilherme Guido já havia se garantido pelos 50m costas, mas também fez índice nos 100m costas, nesta segunda-feira: 49s62, novo recorde sul-americano e suficiente para ser campeão mundial de 2016, por exemplo. Na prova feminina, Etiene Medeiros ganhou com 57s82, mas precisava de uma marca muito melhor: 56s69. Ela vai ao Mundial pelos 50m costas – melhor desempenho individual do Finkel até agora – e também poderá nadar a prova de 100 metros, na qual foi finalista em 2014.

Por enquanto a seleção tem Etiene, Guido, Nicholas, Vinicius Lanza (pelos 200m borboleta e 100m medley), Caio Pumputis (200m medley), Felipe Lima (100m peito), Luiz Altamir, Larissa Oliveira (100m livre) e Breno Correia. Na sequência, pelo critério do índice técnico, teriam vaga João Luiz Gomes Jr, Fernando Scheffer, Manuella Lyrio, Cesar Cielo e Daiene Dias.

O Finkel acaba na terça-feira, naquela que deve ser a última prova de Cielo no Brasil. Ele deve ir ao Mundial pela vitória dos 100m livre, domingo, a primeira dele em um campeonato nacional nesta distância em quatro anos. Mas ainda nada os 50m livre, na qual tem maior responsabilidade, uma vez que é tricampeão mundial de piscina curta.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.