A um ano do Pan, Lima-2019 tem seu principal cartola suspenso do esporte

Carlos Neuhaus, presidente do comitê organizador de Lima-2019 (Divulgação)

A quinta-feira deveria ser de festa no Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Afinal, neste dia 26 é celebrada a marca de um ano para a cerimônia de abertura da competição, na capital do Peru. Mas, um dia antes, uma notícia caiu como bomba no comitê: seu presidente, Carlos Neuhaus, está proibido de atuar em qualquer organização esportiva pelos próprios dois anos.

A pena foi definida na quarta por um órgão de justiça desportiva do Instituto Peruano de Esporte (IPD, na sigla em espanhol). Neuhaus teria cometido irregularidades durante o processo eleitoral da federação nacional de surfe, à qual ele presidiu no passado.

A suspensão joga dúvida sobre a credibilidade do comitê, que já avisou que vai continuar tendo Carlos Neuhaus como seu presidente. Lima-2019 argumenta que o comitê organizador é um órgão governamental, de forma que Neuhaus, assim, é um funcionário público como qualquer outro. E que a suspensão, assim, não afeta sua função.

Mas parte da imprensa peruana não entende assim. A punição impede o cartola de atuar como dirigente esportivo pelos próximos dois anos. E sua função é estritamente ligada ao esporte, uma vez que ela dialoga diretamente com federações e confederações.

Lima iniciou a maior parte das principais obras para o Pan com expressivo atraso, mas agora diz que tudo está dentro do cronograma. Em entrevista ao jornal El Comercio há dez dias, Neuhaus disse que todas as "pequenas obras" vão começar o mais tardar em setembro e outubro e que as "grandes obras" estarão concluídas em março do ano que vem. A Vila Pan-Americana, obra mais complexa, deve ficar pronta em dezembro, segundo ele, faltando "só" os acabamentos.