COB começa ouvir 16 testemunhas em processo que investiga Goto e CBG
O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) pretende ouvir 16 pessoas nos próximos dias no processo disciplinar que investiga o técnico-chefe da seleção brasileira de ginástica artística, Marcos Goto, e a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).
+ Confederação levou um mês para afastar Fernando após denúncia à Justiça
+ Acompanhe todo o noticiário sobre o caso no Olhar Olímpico
Esse é o primeiro caso do Conselho de Ética do COB, implantado em março, apenas. Ele foi provocado pela Comissão de Atletas do COB, que apresentou denúncia. No último dia 23 de maio, o Conselho informou ter admitido a representação e instaurado o devido procedimento, cujo trâmite seguiria "em absoluto sigilo".
E de fato vem sendo seguido. O Conselho pretendia não revelar que os depoimentos serão colhidos entre quinta (18) e sexta-feira (19), na sede do COB. Serão ouvidos ginastas da seleção brasileira masculina e supostas vítimas do técnico Fernando de Carvalho Lopes, entre outras pessoas.
Marcos Goto, técnico consagrado pelo trabalho desenvolvido com Arthur Zanetti, não é acusado de abuso sexual. Contra o treinador de São Caetano do Sul (SP) pesa a acusação de que ele sabia dos abusos cometidos por Fernando na vizinha São Bernardo do Campo (SP). Em depoimento ao Fantástico, uma das vítimas disse que Goto zombava dos relatos ouvidos.
Hoje técnico da seleção brasileira, tanto no masculino quanto no feminino, Goto nega as acusações. Nos bastidores, comenta-se que teria sido ele a tomar a dianteira de cobrar punição a Fernando quando chegou à seleção brasileira, na véspera da Rio-2016, a informação de que um ginasta menor de idade havia denunciado Fernando à Polícia.
O Conselho de Ética vai colher depoimentos para reconstruir essa história e para julgar Goto com base no Código de Ética do COB, recém-lançado. O treinador é sujeito a ele por ser funcionário do COB, com carteira assinada.
Além de Goto, também é investigada a CBG. O Conselho quer saber quando a CBG soube das acusações contra Fernando e como agiu. Em maio, o Olhar Olímpico mostrou que a a confederação levou um mês para afastar o treinador após a primeira denúncia.
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