Bruno Fratus lesiona o ombro, perde o Pan-Pacífico e já foca em 2019
A seleção brasileira que vai ao Pan-Pacífico, principal torneio de natação do ano, terá um importante desfalque. Grande esperança de medalha, Bruno Fratus está com inflamações em dois tendões do ombro esquerdo e foi cortado da equipe. De acordo com o médico da CBDA, Gustavo Maglioca, Fratus precisara de três a quatro semanas de recuperação.
A ausência deverá ser bastante sentida pela seleção. Não só pela medalha que Fratus poderia garantir nos 50m livre, prova na qual foi vice-campeão mundial no ano passado. Mas principalmente porque o nadador é um dos líderes da equipe, que sofreu grande renovação.
Dos 16 convocados, nove são jovens de 21 anos ou menos. Diversos deles estão servindo à seleção em uma grande competição pela primeira vez na carreira. Fratus, por outro lado, só não é mais velho que João Luiz Gomes Júnior – fez 29 anos recentemente.
A parada de quatro semanas também deve tirar o velocista do José Finkel, que vai acontecer no final de agosto, e será classificatório para o Mundial de Piscina Curta. Fratus, porém, sempre deixou claro que prefere nadar as competições em piscina longa – tanto que priorizou o Pan-Pac, não a preparação para o Mundial.
Assim, Fratus deve já começar a pensar na temporada 2019, quando a Coreia do Sul vai receber a próxima edição do Mundial de Esportes Aquáticos. Tudo, claro, pelo objetivo de brigar pela primeira olímpica da carreira em Tóquio.
Para o lugar de Bruno Fratus, a CBDA convocou o jovem Iago Amaral, cuiabano de 19 anos que é especialista nos 100m borboleta. Vale lembrar que o critério de convocação de 16 atletas para o Pan-Pac foi a posição no ranking mundial a partir dos tempos feitos no Troféu Brasil. Por isso que sai um velocista e entra um nadador de borboleta, que era o 17º da fila.
Polo-Aquático
Aproveitando que o tema é os esportes aquáticos, uma boa notícia vinda do polo aquático. No fim de semana terminou o Campeonato Pan-Americano Sub-19 e o Brasil foi campeão no masculino e vice no feminino, perdendo a decisão do Canadá.
São resultados relevantes porque, em tese, o Brasil é terceira força continental no polo aquático feminino e a segunda ou terceira no masculino. E a modalidade talvez tenha sido aquela que sofreu mais duro golpe depois da Rio-2016. A equipe masculina perdeu os diversos estrangeiros naturalizados, incluindo o craque Felipe Perrone. No Mundial do ano passado, jogou com um catadão.
No feminino, o cenário era tão ruim que Izabela Chiappini, uma das melhores do mundo, se naturalizou italiana. Sem ela, o time brasileiro nem foi ao Mundial do ano passado e sabe que as chances de jogar Tóquio-2020 são muito pequenas – só jogou no Rio por ser dono da casa.
Quem sabe com novos bons jogadores, aliado ao trabalho de Ricardo Azevedo (pai de Tony Azevedo), que voltou ao Brasil para ser coordenador da modalidade na CBDA, as seleções adultas não evoluam e ganhem atenção.
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