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Olhar Olímpico

Darlan Romani é prata na Diamond League e confirma boa fase

UOL Esporte

05/07/2018 15h33

Crédito: REUTERS/Kai Pfaffenbach

Darlan Romani manteve a regularidade nesta quinta-feira, ao conquistar a medalha de prata do arremesso de peso da etapa de Lausanne (Suíça) da Diamond League, principal circuito do atletismo mundial.

Competindo contra alguns dos melhores do mundo, ela alcançou a marca de 21,38m, sendo derrotado apenas pelo neozelandês Tomas Walsh, atual campeão mundial.

Esse foi o segundo pódio de Darlan em duas participações na Diamond League. Em Eugene (EUA), em maio, ele conquistou bronze com 21,95m, novo recorde sul-americano. Por enquanto, ele é o quarto do ranking mundial.

Mas foram nas pistas que vieram os melhores resultados do país nesta quinta. Em Lausanne mesmo, Paulo André de Oliveira, de 19 anos, ficou em quinto lugar nos 200m, com 20s33, igualando sua melhor marca na temporada 2008.

Desde 2008, o Brasil só havia tido um resultado melhor do que esse (20s32 para Aldemir Gomes, em 2014). Só este ano foram quatro, com Vitor Hugo Mourão (20s21), Aldemir (20s23), Derick (20s23) e agora Paulo André. No ano passado, Aldemir fez 20s15.

Nos 100m o momento também é muito bom. Paulo André já tem 10s06, segundo melhor resultado brasileiro da história, enquanto que na quinta, em Guadalajara (Espanha) Derick Souza, de 20 anos, marcou 10s10. O resultado é o quarto melhor da história.

Agora são quatro brasileiros abaixo de 10s15 na temporada: Vitor Hugo (10s12) e  Rodrigo Pereira (10s14), além de Jorge Vides com 10s18. Nunca antes o Brasil havia tido sequer três atletas correndo abaixo de 10s15 na mesma temporada. Em 2008, quando foi quarto na Olimpíada (a Jamaica depois seria eliminada, com o Brasil subindo para o bronze), por exemplo, o melhor brasileiro tinha 10s19.

A fase também é ótima no feminino. Vitória Rosa ganhou em Guadalajara com 11s03, terceira melhor marca brasileira na históra e novo recorde brasileiro sub-23. O anterior era de Ana Claudia Lemos, desde 2010, com 10s15.

Mais rápidas que ela, só a própria Ana Cláudia, que fez 11s01 em 2015, e Rosângela Santos, que fez 10s91 para chegar à final do Mundial de Londres, no ano passado. Como comparação, agora Vitória Rosa, que tem apenas 22 anos, tem um resultado 10 centésimos melhor que o melhor da carreira de Franciela Krasucki.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.