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Olhar Olímpico

Guilherme Costa volta a bater recorde sul-americano dos 800m livre

Demétrio Vecchioli

30/06/2018 16h42

    (Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Guilherme Costa fez, neste sábado (30), a apresentação que o coloca de vez no grupo dos melhores fundistas do mundo na natação. Conhecido como Cachorrão, ele bateu o recorde sul-americano dos 800m livre no Troféu Sette Colli, em Roma. Com 7min50s92, ele baixou em mais de um segundo e meio seu antigo recorde, registrado em abril.

O feito ganha importância porque ao lado do italiano Gregorio Paltrinieri durante metade da prova. O rival é um dos melhores da atualidade nas provas de fundo e foi bronze no Mundial do ano passado.

Com o resultado deste sábado, Cachorrão passa a ser o sexto do ranking mundial. Vale lembrar que os 800m livre para homens passou a ser prova olímpica e será disputada em Tóquio. Aos 19 anos, o brasileiro tem ampla margem para melhorar nos próximos dois anos.

De forma geral, o dia em Roma foi muito bom para a seleção brasileira de natação, que foi completa ao Sette Colli. Luiz Altamir Melo ganhou os 200m borboleta com 1min55s83, melhor marca pessoal. Ele é o 11º do ranking mundial agora.

No dia do seu aniversário de 29 anos, Bruno Fratus foi prata nos 100m livre, prova que não é sua especialidade. Deixou para trás todos os quatro titulares do revezamento 4x100m livre do Brasil, fortemente cotado para medalha em Tóquio. Com 48s58, Fratus ficou a 0s08 do melhor da carreira, mesmo em uma época do ano na qual os nadadores não estão preparados para dar seu melhor. Pedro Spajari foi bronze, com 48s72.

Gabriel Fantoni chegou em segundo nos 100m costas e Brandonn Almeida o segundo nos 400m medley. Vale destacar que o Sette Colli é uma das competições mais tradicionais do calendário europeu.

Em Paris, o atletismo

Este sábado também foi de atletismo, em Paris, onde aconteceu etapa da Diamond League. Os brasileiros, porém, não foram bem.

Thiago Braz sofreu para passar o sarrafo a 5,45m, precisando de três tentativas, e foi eliminado com o sarrafo a 5,60m. Dois anos de depois de saltar 6,03m para ganhar o ouro olímpico, o brasileiro vem muito mal. Nas duas primeiras competições da temporada, não acertou nenhum salto.

Paulo André Oliveira correu a prova B dos 100m. Depois de correr em 10s06 na semana, segundo melhor resultado brasileiro na história, foi mal em Paris, com 10s30.

O melhor resultado brasileiro acabou sendo de Andressa Oliveira, quarta colocada no disco. Núbia Soares ficou em último no salto triplo. Nos 800m, Thiago André foi nono.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.