Jovem de 19 anos se torna o mais rápido brasileiro em 3 décadas
Há quase duas décadas o atletismo brasileiro não se via tão perto de, enfim, quebrar a barreira dos 10 segundos nos 100 metros. Em clara e expressiva evolução, Paulo André de Oliveira, de 19 anos, foi quarto no Meeting de Madri, nesta sexta-feira, com o tempo de 10s06, e mostrou que tem tudo para enfim encerrar o tabu.
Paulo vem competindo bem e com regularidade desde a abertura da temporada, em abril. Só nos últimos 30 dias ele já havia marcado 10s13, no fim do mês passado, e 10s10, há três dias, na França.
Nesta sexta, ele confirmou a boa fase correndo a semifinal em Madri em 10s17 e, pouco depois, ganhando a final com 10s06. No ranking de todos os tempos do atletismo brasileiro, ele iguala um resultado obtido por André Domingos em 1999 e fica atrás apenas dos 10s00 de Robson Caetano há 30 anos.
Mas a temporada não está sendo boa só para ele. Vitor Hugo dos Santos, de 22 anos, registrou três resultados entre 10s12 e 10s13, enquanto Rodrigo Pereira, de 24, tem 10s14 e 10s17.
Ainda é pouco para competições de grande porte de 100m, mas são resultados que podem ajudar o Brasil a voltar a brigar por medalhas no revezamento. Esta é a primeira vez na história que o país tem três atletas correndo abaixo de 10s15 na mesma temporada. Em 2008, quando foi quarto na Olimpíada (a Jamaica depois seria eliminada, com o Brasil subindo para o bronze), por exemplo, o melhor brasileiro tinha 10s19.
Gabriel vai bem de novo
Outro bom resultado em Madri foi a vitória de Gabriel Constantino nos 110m com barreiras, com 13s31. Esse é o terceiro melhor resultado brasileiro de todos os tempos. O melhor é o recorde sul-americano batido por Gabriel na terça: 13s23. O antigo recorde nacional vinha desde 1994: 13s29 para Redelen dos Santos.
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