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Olhar Olímpico

Brasil cai diante da Alemanha e termina Mundial de Tênis de Mesa no Top8

Demétrio Vecchioli

04/05/2018 16h18

Ainda não foi desta vez que o Brasil entrou na elite do tênis de mesa. Com o que pareceu ser um erro de estratégia, a equipe brasileira foi derrotada pela Alemanha, por 3 jogos a 1, nesta sexta-feira, nas quartas de final do Mundial de Tênis de Mesa, que está sendo jogado na Suécia. Como a competição distribui duas medalhas de bronze, uma vitória sobre os alemães garantiria um pódio absolutamente inédito.

O Mundial por Equipes tem formato parecido com o da Copa Davis, em melhor de cinco jogos, com a diferença que a 3ª partida não é entre duplas, mas entre os jogadores designados como números 3 de seus países. No Brasil, em tese esse papel deveria ser de Eric Jouti, número 98 do ranking mundial. Mas a comissão técnica resolveu arriscar. Escalou Jouti como número 2, para jogar contra os dois principais jogadores alemães, e deixar Gustavo Tsuboi, 54º do mundo e oito anos mais velho, único canhoto, para jogar contra o mais fraco dos rivais.

Mas a Alemanha parece ter previso essa movimentação e, com um time mais forte, composto por cinco jogadores Top25 do mundo, deixou escalou Dimitrij Ovtcharov, número 3 do mundo, para o jogo 3. Uma estratégia acertada, tanto que o alemão fez 3 x 1 em Tsuboi. Como previsto, Jouti também perdeu seu jogo, para Ruwen Filus, número 21 do mundo, por 3 a 0.

A esperança brasileira estava toda em Hugo Calderano, número 12 do ranking mundial. E a estrela do tênis de mesa brasileiro começou bem, vencendo Bastian Steger por 3 a 1. No jogo 4, onde era vencer ou vencer, Calderano fez grande partida, equilibradíssima, mas falhou em momentos decisivos. Perdeu por 3 a 2 e viu a campanha brasileira chegar ao fim.

Na semifinal, a Alemanha vai enfrentar a Coreia do Sul, enquanto que a China terá como rival a equipe da Suécia, que joga em casa. Já o Brasil, que na campanha venceu Portugal (oitava do mundo), Rússia (15ª) e República Tcheca (18ª) e Croácia (20ª), comemora ter entrado no grupo dos 8 melhores do mundo. É importante continuar assim para ser um dos cabeças de chave nos Jogos de Tóquio.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.