Brasileiro de 20 anos faz 2º melhor tempo do mundo nos 100m livre
Portador de uma síndrome rara, que o dá um cromossomo X a mais do que o normal, o jovem Pedro Spajari começou no ano passado a tratar a doença e, agora, está pronto para entregar o que sempre prometeu. Na manhã desta quinta-feira, ele voou nas eliminatórias dos 100m livre do Troféu Brasil – novo/antigo nome do Maria Lenk. Marcou 47s95 e assumiu o segundo lugar do ranking mundial.
Observando o ranking da Federação Internacional de Natação (Fina), o nadador do Pinheiros tem uma marca melhor do que o britânico Ducan Scott, que aparece em primeiro. Mas o ranking não está considerando o resultado de Katsumi Nakamura, que bateu o recorde japonês, com 48s87, em fevereiro.
Na busca por uma vaga para o Pan-Pacífico, torneio a ser disputado em agosto no Japão reunindo as principais forças da natação que não disputarão o Campeonato Europeu (EUA, Brasil, Austrália, China…), o resultado desta manhã não vale nada. É que a CBDA decidiu que só as finais do Troféu Brasil servem como tomada de tempo para a seletiva, como acontece no mundo inteiro. A partir desta quinta, as finais serão transmitidas pelo SporTV, a partir das 18h.
No caso específico dos 100m livre, os quatro primeiros colocados vão ao Pan-Pacífico, para nadar o revezamento 4x100m livre, que foi prata no Mundial do ano passado. E a tendência é o nível ser mantido até Tóquio. Nesta manhã, Marcelo Chierighini fez 48s60 (13º tempo do mundo), Gabriel Santos 48s73 e Bruno Fratus 49s15 – dos quatro, só Fratus não é do Pinheiros, tendo se transferido para o Minas. Breno Correia, Marco Antonio Ferreira Junior, João de Lucca e André Luiz Souza também pegaram final. Dos oito, cinco têm menos de 21 anos. André tem só 17.
Houve decepções, também. Fernando Scheffer, que bateu o recorde sul-americano dos 400m livre na terça e na quarta-feira fez uma parcial fantástica no revezamento 4x200m livre pelo Minas, terminou em 11.º. Ainda assim, melhorou 6 décimos seu tempo de balizamento. De volta ao Brasil, Matheus Santana, agora no Pinheiros, foi só o 13º, quase um segundo mais lento do que o seu melhor.
Já Cesar Cielo fez tudo diferente do que havia anunciado. Apesar de ter ido bem com o revezamento 4x100m livre na terça (abriu para o Pinheiros com 49s29, que seria o sexto tempo das eliminatórias), preferiu não nadar os 100m livre. Ainda que houvesse informado, por intermédio da assessoria de imprensa, que não nadaria os 50m costas, caiu na piscina e se classificou para a final com o terceiro tempo. Albertinho, seu técnico, havia informado o Olhar Olímpico que ele não tem treinado para essa prova.
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