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Olhar Olímpico

Atletas pedem afastamento para não perderem direito de votar no COB

Demétrio Vecchioli

20/03/2018 12h41

Quando um presidente de confederação não pode participar de uma assembleia do Comitê Olímpico do Brasil (COB), ele envia um representante com procuração. Os atletas, porém, não têm o mesmo direito. Ou param os treinamentos para ir ao Rio e votar, ou perdem a voz. Por isso, dois atletas apresentaram nesta terça-feira seus pedidos de afastamento: Duda, jogadora de handebol, mais votada na eleição de 2016, e o atirador Emerson Duarte.

Os dois estão em competições foram do país e não teriam como vir ao Rio na próxima sexta-feira para participarem da assembleia do COB que vai eleger um novo vice-presidente para o comitê. Além disso, serão eleitos os membros de dois novos conselhos: administrativo e de ética.

O movimento dos atletas foi coordenado pela Comissão de Atletas, que não queria perder voz. Assim, ficou combinado que os esportistas que não pudessem ir ao Rio pediriam afastamento. Como a comissão tem 15 atletas, mas na assembleia do COB só 12 tem votos, esses três restantes, espécies de suplentes, poderiam ser chamados.

Com o afastamento de Duda e Emerson Duarte, a responsabilidade agora recai sobre Marcelinho Machado e Hugo Hoyama. Cada um recebeu três votos na eleição realizada durante a Olimpíada do Rio, em 2016. Eles se juntam a Arthur Zanetti, Beatriz Futuro, Bruno Mendonça, Emanuel Rego, Fabiana Murer, Fabiano Peçanha, Poliana Okimoto, Tiago Camilo, Thiago Pereira  e Yane Marques. Fabi Alvim, do vôlei, também recebeu três votos, mas fica de fora por ser mais jovens de Hoyama e Marcelinho.

De todos os 12 atletas com direito a voto, apenas Zanetti, Beatriz Futuro (rúgbi), Bruno Mendonça (hóquei sobre a grama) e Marcelinho Machado continuam em atividade. Mas nenhum dos quatro têm competição na sexta-feira. No caso de Marcelinho, o Flamengo joga na quinta e no sábado, mas os dois jogos são no Rio.

 

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.