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Olhar Olímpico

Irregular, Thiago Braz vai mal e fica longe do pódio no Mundial

Demétrio Vecchioli

04/03/2018 15h31

Thiago Braz disputa Mundial Indoor (REUTERS/Phil Noble)

Disputando uma grande competição pela primeira vez desde a medalha de ouro na Rio-2016, Thiago Braz decepcionou no Mundial Indoor disputado em Birmingham (Inglaterra), que terminou neste domingo. Mantendo a irregularidade que tem marcado sua carreira, o brasileiro sofreu para passar o sarrafo a 4,60m e foi eliminado tentando 4,80m. Terminou no 12º lugar, apenas.

Thiago tem sido inconstante neste início de temporada, ainda saltando em ginásios fechados, depois de encerrar mais cedo sua temporada 2017, quando abriu mão de participar do Mundial de Londres. Estava competindo tão mal que não valia a pena a exposição negativa.

Ainda assim, existia alguma expectativa sobre o que ele poderia fazer em Birmingham, até porque, em fevereiro, na França, ele chegou a saltar 5,90m. Na competição seguinte, na Polônia, marcou 5,50m, apenas. Pouco para um momento em que o nível técnico do salto com vara é mais alto do que nunca. Tanto é que seis saltadores tentaram 5,90m em Birmingham – só o francês Renaud Lavillenie acertou, ganhando o ouro.

Ainda que Thiago não tenha colaborado, ficando fora do Top 10, o Brasil teve um desempenho histórico em Birmingham. No "Place Table", um ranking alternativo utilizado pela federação internacional que leva em consideração as classificações entre os 10 primeiros de cada prova, o Brasil ficou no 14º lugar, melhor resultado desde Valência-2008, quando ficou em 11º lugar.

Desta vez, na Inglaterra, o Brasil fez cinco Top 10. Neste domingo, a grande surpresa foi a classificação de Gabriel Constantino para a final dos 60m com barreiras. Com 7s71, ele terminou no sexto lugar.

A única medalha veio no sábado, com Almir Júnior, que foi prata no salto triplo. O Brasil ainda teve Darlan Romani em quarto no arremesso de peso e Núbia Soares em nono no triplo, também. Nos 60m para mulheres, Rosângela Santos, finalista do Mundial do ano passado nos 100m, ficou apenas e 24º das eliminatórias e não passou à final. Vitória Rosa ficou em 33º na mesma prova e Letícia Charpe, dos 400m, não foi a Birmingham por sentir uma lesão na véspera do torneio.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.