Com Bellucci, Brasil vira campeão em casos de doping no tênis
O Brasil pode não ter nenhum tenista entre os 100 melhores do ranking de simples da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), mas tem um quesito no qual ninguém supera o tênis brasileiro: os casos de doping. Com a suspensão aplicada a Thomaz Bellucci no último dia 31 de dezembro e anunciada na quinta-feira, o país se tornou o recordista mundial em atletas suspensos.
Com Bellucci, são três. Os outros dois, desconhecidos, que caíram no mesmo torneio: o quali do Challenger de São Paulo, em abril de 2016. Américo Lanzoni Netto, então com 28 anos, foi suspenso por quase quatro anos, após testar positivo para um metabólito da nandrolona. A mesma punição, até 2020, recebeu Yuri Schwanke de Andrade, esse um jovem de 20 anos.
Os casos de doping no esporte de altíssimo rendimento, na elite do tênis, são relativamente raros. É que o controle é contínuo, com exames sendo realizados com regularidade nos torneios, o que não dá margem para que, como em outros esportes, um atleta se dope hoje e só compita daqui a meses.
Ainda assim, o caso de Bellucci é o segundo na elite do tênis brasileiro em dois anos. Atual 34º do ranking mundial de duplas, Marcelo Demolliner caiu no doping no início de 2016, também pelo uso de um diurético, como Bellucci. No fim, a punição foi branda: de apenas três meses.
Em 2007, Marcelo Melo, hoje número 1 do mundo em duplas, também foi suspenso por doping. Na época ele era o 25º do ranking de duplas e testou positivo para uma substância que pode ser encontrada no medicamento Neosaldina, para dor de cabeça, o que alegou ter tomado antes de jogar um torneio na Inglaterra. A suspensão também foi curta: dois meses.
Ou seja: dos cinco tenistas brasileiros que alcançaram melhores resultados desde o fim da era-Guga, três já foram suspensos por doping. Além disso, hoje não há outro país com três tenistas suspensos de forma definitiva (França, Cazaquistão, EUA e Grã-Bretanha têm dois). Isso apesar de o Brasil ter poucos torneios satélites e o número de profissionais brasileiros seja baixo na comparação com o de franceses e americanos, por exemplo.
Na lista da Federação Internacional de Tênis (ITF) de "atletas que encerraram suspensão recentemente", com seis nomes, ainda aparece mais uma brasileira: Marcela Valle. Então acima do número 1.000 do ranking feminino, em dezembro de 2014, ela foi suspensa por dois anos após testar positivo para metilhexaneamina em um torneio de Madrid, na Espanha.
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