Com Doria, esporte em São Paulo perde 17% de seu orçamento
Como é de praxe, em seu primeiro ano como prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) geriu um orçamento deixado por seu antecessor, Fernando Haddad (PT). Em 2018, assim, pela primeira vez a divisão dos recursos da prefeitura paulistana será a partir de decisões do prefeito tucano. E o esporte não tem nada a comemorar com isso.
O orçamento para 2018, enviado por Doria à Câmara Municipal e aprovado graças à ampla maioria que o prefeito mantém na Casa, destina apenas R$ 228 milhões à Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME), que passa por crise depois que todos os conselheiros renunciaram aos seus cargos, em novembro.
No orçamento de 2017, deixado por Haddad, a SEME teve à disposição R$ 276 milhões. Isso significa que, para o ano que vem, o corte será de 17,4%. Isso apesar da previsão otimista da prefeitura, que espera arrecadar em 2018 mais do que em 2017 – a receita total prevista é de R$ 56,3 bilhões, ante R$ 54,7 bilhões.
Tomando como comparação o orçamento do esporte em 2016, ainda sob a gestão Haddad, o corte é ainda mais expressivo. Em seu último ano como prefeito, o petista teve à disposição R$ 586 milhões para o esporte, verba que ele reduziu a menos da metade para o primeiro ano da gestão de Doria. Assim, somando os cortes promovidos pelos dois prefeitos, chega-se a uma redução de 62% em dois anos, sem levar em consideração a inflação.
Na votação realizada na semana retrasada, a Câmara rejeitou uma emenda do vereador Celso Jatene, ex-secretário de Esporte, que queria que a SEME tivesse 1% do orçamento total da prefeitura. Se a ideia fosse adiante, o que sempre foi muito improvável, a pasta ficaria com R$ 563 milhões em 2018. No fim, não terá nem metade disso.
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