Basquete feminino respira após fiascos e terá 9 times em liga nacional
O basquete feminino no Brasil ainda respira. Ainda que a seleção feminina viva o seu pior momento em décadas, sendo eliminada na primeira fase dos Jogos Olímpicos do Rio após perder todos os jogos e sem vaga no próximo Mundial, a edição 2018 da Liga de Basquete Feminino (LBF), que equivale ao campeonato brasileiro, terá nove times. Pode parecer pouco, mas é um aumento de 50% na comparação aos seis times que jogaram o campeonato passado.
Esta será a oitava edição da liga, criada na temporada 2010/2011, e a segunda com maior número de participantes, perdendo apenas para a 2014/15, que teve 10 times. Dessa vez serão nove, três a mais do que na edição passada. Ainda assim, um número bem inferior ao do NBB, o campeonato masculino, que tem primeira e segunda divisões e, na temporada passada, reuniu um total de 21 clubes.
O presidente da LBF, que neste ano tornou-se novamente independente dos organizadores do NBB (a LNB), Ricardo Molina, chegou a conversar com cerca de 20 clubes na tentativa de incentivá-los a montarem times femininos. Flamengo e Santos foram procurados, mas acabaram não entrando na competição, que só vai começar em janeiro e, a partir de 2018, terá calendário anual.
Atual campeão e dono da mais vitoriosa história do basquete feminino do Brasil nas últimas décadas, o Americana fechou as portas depois que Molina, seu gestor, virou presidente da Liga. O técnico Antônio Carlos Vendramini levou o projeto para a vizinha Campinas, que virou nova casa do time, agora chamado Vera Cruz Campinas.
Outro técnico de renome montou um time novo. É Antônio Carlos Barbosa, técnico da seleção brasileira no fracasso da Rio-2016, que vai comandar o novato Funvic/Ituano. As outras duas novidades também vêm do interior de São Paulo: o Poty/BAX/Catanduva, de uma cidade que foi campeã brasileira em 2009/2010 e o São Bernardo/Instituto Brazolin/Unip, que mantém projeto há dois anos e só agora chega ao campeonato nacional.
Aliás, é o basquete paulista que continua mantendo o basquete feminino do Brasil de pé. Dos nove times inscritos, seis são de São Paulo, uma vez que o Santo André, mais antigo projeto do país, está confirmado, assim como Presidente Venceslau. O Santo André será o único time a jogar todas as oito edições do torneio – como comparação, o NBB chega à sua 10ª temporada com oito clubes que estavam na primeira.
Completam a relação de inscritos o catarinense Blumenau, o Sampaio Basquete, do Maranhão, e o Uninassau Basquete, atual vice-campeão, herdeiro de um projeto que já usou as camisas do Sport e do América-PE, sempre em Recife.
"Acredito que o planejamento contribuiu para que pudéssemos ter o aumento no número de equipes mesmo em um cenário desfavorável economicamente e da modalidade. As equipes conseguiram se organizar, e aquelas que não conseguiram para a temporada 2018, com certeza estarão nas próximas", comemorou Ricardo Molina Dias, presidente da LBF.
O torneio será disputado em turno e returno, com 16 rodadas. Dos nove times, oito avançam às quartas de final. Todos os playoffs serão em melhor de três jogos. Haverá transmissão online de todas as partidas, mas a liga ainda negocia com emissoras de tevê.
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