Topo

Olhar Olímpico

Com última vaga, Zanetti vai à final do Mundial; Nory decepciona

Demétrio Vecchioli

03/10/2017 13h48

O Brasil teve um desempenho abaixo do esperado na fase de classificação masculina do Mundial de Ginástica Artística que está sendo disputado em Montreal, no Canadá. Dos três brasileiros que competiram, só dois conseguiram avançar à final: Arthur Zanetti, com a oitava e última vaga nas argolas, e Caio Souza, em 14º no individual geral.

O resultado é frustrante porque a comissão técnica, liderada por Marcos Goto, técnico de Zanetti, decidiu levar apenas quatro ginastas, e não seis, cota máxima, alegando que só convocaria atletas com condições de chegar à final. Francisco Barretto se machucou e nem viajou a Montreal, enquanto Arthur Nory, bronze na Rio-2016, não conseguiu pegar final.  No solo, sua especialidade, foi só o 16º. Foi melhor na barra fixa, terminando na 12ª colocação.

Zanetti, que foi prata na Rio-2016, sofreu para se classificar à final das argolas. Recebeu nota 14,700 e ficou muito longe do seu principal rival, o grego Petrounias Eleftherios, que somou 15,400. Como as regras mudaram em comparação com 2016, elas não podem ser comparadas com as dos anos anteriores.

No individual geral, Caio Souza, foi reserva na Rio-2016, teve uma atuação consistente para se classificar com um total de 81,548 pontos, no 14º lugar. Pela primeira vez desde 2007, a competição terá um novo campeão mundial no individual geral, já que o astro japonês Kohei Uchimura sofreu uma lesão no tornozelo durante as eliminatórias na segunda-feira à noite. O cubano Larduet Manrique avançou em primeiro.

Na quarta, o Brasil volta a competir nas eliminatórias femininas. Como Goto agora também cuida das meninas, ele só convocou as ginastas que, no entender dele, podem chegar a finais. Ou seja: Rebeca Andrade, uma das favoritas ao título no salto, e Thais Fidelis, que pode surpreender na trave. Flávia Saraiva se recupera de uma lesão nas costas e foi poupada da competição pensando no restante do ciclo olímpico.

Porém, Rebeca acabou sendo cortada do Mundial por lesão. Ela sofreu um entorse no joelho direito durante o aquecimento para o treinamento de pódio nesse domingo. Ela passou por exame que constatou uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho. A atleta permanecerá com a delegação para iniciar a fisioterapia.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.