Topo

Olhar Olímpico

Martine e Kahena superam vento 'maluco' e são vice-campeãs mundiais

Demétrio Vecchioli

02/09/2017 15h07

Com o pai Torben na torcida, Martine Grael voltou a levar a família Grael a mais um pódio em Campeonato Mundial. Neste sábado, junto da proeira Kahena Kunze, Martine faturou a medalha de bronze no Mundial da classe 49er, disputado no Porto, em Portugal. A competição foi muito prejudicada pelo vento, com regatas canceladas tanto pelo vento fraco quanto pelo vento forte.

Por isso, cinco regatas da 49er FX, a classe feminina, precisaram ser disputadas neste sábado, quando Martine e Kahena abriram o dia na terceira colocação. Velejando em todas elas entre as cinco primeiras, as brasileiras ganharam uma posição, ultrapassando as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech, e faturaram a prata. Ficaram só atrás das dinamarquesas Jena Mai Hansen e Katja Salskov-Iversen, novas campeãs mundiais.

O resultado comprova a regularidade do barco brasileiro, que chegou ao Mundial se dizendo menos preparado do que as rivais, uma vez que elas aproveitaram o ano pós-olímpico para diminuir a carga de treinos. Desde que a 49er FX se tornou olímpica, em 2013, Martine e Kahena têm um ouro (em 2014, no Mundial de Vela) e três pratas (2013, 2015 e 2017, nos Mundiais de 49er). Além disso, foram campeãs olímpicas no Rio, em disputa apertadíssima contra as neozelandesas.

A medalha também a primeira obtida pela vela brasileira em 2017, ano em que os Campeonatos Mundiais são organizados pelas federações das classes e não pela federação internacional de vela.

Também no Porto, na 49er, classe masculina, o Brasil foi mal. Convocados pela CBVela, Carlos Robles (atleta que até ano passado defendia a Espanha) e Marco Grael (irmão de Martine, deixou de ser timoneiro e foi à proa) ficaram em uma modesta 20ª colocação. Pior foi Robert Scheidt. Competindo com investimento próprio em seu primeiro Mundial na nova classe, ele amargou o 40º lugar com Gabriel Borges. Também ficou atrás de Diante Biachi/Thomas Low-Beer, que ficaram em 36º e também foram à competição por iniciativa própria.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.