Topo

Olhar Olímpico

Queniana erra o caminho e precisa correr na contra-mão na final do Mundial

Demétrio Vecchioli

12/08/2017 08h29

(AFP PHOTO / ANTONIN THUILLIER)

O Estádio Olímpico de Londres viu uma cena bastante curiosa durante a final dos 3.000 metros com obstáculos, na noite de ontem (sexta). Uma das favoritas à medalha de ouro, a queniana Beatrice Chepkoech simplesmente errou o caminho e teve que voltar na contra-mão. O tempo perdido pelo vacilo a fez não só perder a chance de brigar pela medalha de ouro, como também a tirou do pódio, terminando no quarto lugar.

Nos 3.000m com obstáculos, os atletas não fazem a curva utilizada em todas as outras provas, entre a reta oposta e a reta principal, cortando caminho para passar pelo fosso. Têm que saltar a barreira e cair nesse tanque de água. Depois, voltar ao nível da pista para continuar correndo e entrar na reta.

Só que Chepkoech esqueceu disso. Ela era uma das líderes no início da prova e continuou correndo pela reta. Só percebeu quando suas rivais já estavam saindo do fosso. A queniana, quarta colocada na Olimpíada, até conseguiu dar meia-volta e passou pelo obstáculo, passando a ser a última colocada.

Ela voltou ao pelotão que liderava a prova, mas não conseguiu chegar à medalha. Terminou seis segundos atrás da compatriota Hyvin Kiyeng Jepkemoi. O ouro e a prata foram para os Estados Unidos, com Emma Coburn e Courtney Frerichs, em chegada emocionante.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.