Falta de um alfinete impede saltadora de ganhar medalha

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A Sérvia Ana Spanovic ficou a um alfinete de distância de subir ao pódio do Mundial de Atletismo no salto em distância. Literalmente. É que, se tivesse prendido direito o papel de identificação que levava às costas, teria conquistado no mínimo o bronze. Provavelmente, a prata.

Terceira colocada na Olimpíada do Rio e nos últimos dois Mundiais, Spanovic foi a penúltima a saltar na final desta sexta-feira e precisava de 6,97 para subir ao pódio com bronze. E conseguiu.

Só que o que ela não esperava era que o papel que fica preso nas costas com seu nome fosse arrastar na areia, como mostraram as imagens da transmissão oficial.

Nas provas de saltos horizontais, os resultados são medidos a partir a primeira marca deixada pela competidora na areia. No caso, a marca do papel. Assim, o resultado marcado pelos juízes foi 6,91m, abaixo cinco centímetros do que ela já tinha conseguido no segundo salto e seis do que precisava para o bronze, que acabou com a campeã olímpica Tiana Bartoletta, dos EUA.

A delegação da Sérvia chegou a apelar da decisão, alegando que o corpo de Spanovic bateu na areia além de 6,91m. Mas era jogo de cena. A regra 184 do atletismo é clara sobre a marca ser referente a qualquer peça presa ao corpo. A apelação foi rejeitada e, o resultado, mantido.

Esse tipo de situação não é exatamente rara no atletismo. No Troféu Brasil, Núbia Soares reclamou que teria batido o recorde brasileiro do salto triplo se não tivesse passado pela mesma situação.