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Olhar Olímpico

Em primeiro Mundial, Thiago André é 7º nos 800m; Geisa vai à final do peso

Demétrio Vecchioli

08/08/2017 18h18

Thiago André (de óculos ao fundo) ficou na sétima posição – Frank Augstein/AP

Azarão na final dos 800 metros, nesta terça-feira, Thiago André arriscou ditar um ritmo forte no início da prova, mas não aguentou a velocidade dos melhores do mundo nos últimos 200 metros e terminou a final do Mundial de Londres no sétimo lugar. O resultado, de qualquer forma, é o melhor alcançado pelo Brasil na prova desde 1991, quando Zequinha Barbosa foi medalhista de prata.

Olhando friamente o tempo feito por Thiago nesta terça, 1min46s30, fica a falsa impressão de que ele poderia ter conquistado uma prata, uma vez que seu resultado do Troféu Brasil, 1min44s81, o faria ser segundo colocado em Londres. Mas a final dos 800m é uma prova tática e o brasileiro arriscou sabendo que sua chance era ditar um ritmo mais forte no início.

Ele até passou a primeira metade da prova no quarto lugar, mas foi perdendo espaço à medida que foi cansando. A chegada não foi exatamente rápida, mas ele já estava a um segundo do terceiro colocado. Com 22 anos, porém, Thiago mostrou grande potencial para brigar por medalha nos Jogos de Tóquio, em 2020.

Outra jovem promessa que estreia em Mundiais é Vitória Rosa, que se classificou à semifinal dos 200m mesmo correndo mal. Foi terceira da série dela, com 23s26, assim como Rosângela Santos, que também avançou à semi, com 23s34. Elas voltam a correr na quarta-feira, com chances remotas de avançar à final. Rosângela, vale lembrar, foi sétima na final dos 100m, a primeira de uma brasileira na distância, quebrando o recorde sul-americano.

Outra brasileira que fará final será Geisa Arcanjo. Finalista nas últimas duas Olimpíadas, mas nunca de um Mundial, não fez uma boa apresentação nas eliminatórias do arremesso de peso, nesta terça, mas passou com a 12ª e última vaga, com 17,79m.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.