Topo

Olhar Olímpico

Joanna bate seu 12º recorde brasileiro e Cachorrão melhora marca sul-americana

Demétrio Vecchioli

30/06/2017 19h17

(Satiro Sodré/SSPress)

Livre do sentimento de opressão que sentia em relação à antiga gestão da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Joanna Maranhão vive o melhor momento da carreira. Prova disso foi que nesta sexta-feira, em Santos, ela bateu o recorde brasileiro dos 1.500m livre. Pouco depois, outro grande momento do Campeonato Paulista de Inverno: novo recorde sul-americano para Guilherme Costa, o Cachorrão, também nos 1.500m.

"Ainda estou sem acreditar. Não esperava mesmo. Nadei os 50m livre antes e só pensei em nadar progressivo e ondular em todas as viradas", disse ao Olhar Olímpico. É a primeira vez na carreira que ela bate o recorde da prova, que antes pertencia a Poliana Okimoto. Em 2013, Poliana fez 16min26s90.

Nesta sexta, Joanna completou a prova em 16min26s63, tempo que a coloca no 21.º lugar do ranking mundial. A marca é índice A para o Mundial de Natação, mas ela não irá nadar essa prova na competição em Budapeste. "Fica para a Olimpíada de Tóquio", comentou. Vale lembrar que, nos Jogos de 2020, pela primeira vez a prova de 1.500m será olímpica.

Agora, Joanna é, ao mesmo tempo, recordista de sete provas em piscinas de 50 metros: 200m e 400m medley, 200m borboleta, 200m costas, 400m, 800m e 1.500m livre. Nas piscinas mais curtas, de 25 metros, Joanna detém a melhor marca nos 100m medley, nos 200m borboleta, nos 200m costas, 200m medley e 400m medley. Um total de 12 provas.

Cachorrão – Logo depois do feito de Joanna, Guilherme Costa caiu na piscina da Unisanta para também quebrar o recorde masculino dos 1.500m. No caso dele, recorde também sul-americano: 15min02s18, melhorando em mais de três segundos sua antiga melhor marca, que era 15min05s23, estabelecida em abril, também na Unisanta, em um campeonato de base. Ele, afinal, tem só 18 anos.

A marca ainda não deve permitir a Guilherme brigar por medalha no Mundial deste ano. Mas, com a marca, ele se torna o 14º do ranking mundial e passa a sonhar com final em Budapeste. Se continuar nessa evolução, Cachorrão tem tudo para brigar por medalha já em Tóquio. Só este ano ele já melhorou sua melhor marca em 12 segundos.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.