Fina nega suspensão e garante nadadores defendendo o Brasil no Mundial

Não havia motivos para criar pânico. Nesta quinta-feira a Federação Internacional de Natação (Fina) enviou carta à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) detalhando melhor as consequências do não reconhecimento da eleição presidencial realizada pela entidade nacional no último dia 9. Os atletas não serão prejudicados e poderão competir normalmente no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste (Hungria), que começa daqui a duas semanas.

De acordo com a carta enviada à CBDA por Cornel Marculescu, diretor-executivo da Fina, e traduzida no site da confederação brasileira, a entidade internacional garante que irá reconhecer a nova administração da entidade brasileira após o cumprimento de alguns requisitos.

"A CBDA deveria observar a regra da Fina e deveria ter alterado o estatuto antes das eleições, em conformidade com as regras da Fina. Pela regra, os membros devem solicitar a aprovação do Conselho Executivo da Fina para qualquer alteração de nome ou constituição antes que tais alterações sejam válidas. Portanto, a Fina exige que a CBDA convoque uma assembleia geral, altere seu estatuto e envie as alterações à aprovação formal da Fina. Uma vez que isso seja feito, a Fina reconhecerá a nova administração eleita", explicou a Fina.

A entidade não detalhou, porém, até quando esse procedimento deve acontecer. A tendência é que esse trabalho não seja fácil tanto do ponto de vista jurídico quanto político. Cagnoni foi eleito com votos também dos clubes que disputaram eventos nacionais nos 12 meses anteriores, mas estes não fazem parte da assembleia geral da CBDA. Considerando só as federações, o grupo de Coaracy Nunes ainda tem ampla maioria.

Coaracy, aliás, foi solto na quarta-feira, junto com Ricardo Cabral, Ricardo de Moura e Sérgio Alvarenga, todos ex-dirigentes da entidade. Os quatro, porém, estão impedidos de frequentar a CBDA ou se comunicar com os presidentes de federações.