Topo

Olhar Olímpico

Brasileira tem bike roubada e fica sem equipamento a um mês do Mundial

Demétrio Vecchioli

27/06/2017 10h00

Décima terceira colocada no ranking mundial do BMX, Priscilla Stevaux não tem bicicleta para disputar o Campeonato Mundial da modalidade, daqui a um mês. O equipamento que ela estava preparando para a principal competição do ano foi roubado na última sexta-feira, por volta das 19h, enquanto ela treinava com o irmão em uma avenida movimentada de Sorocaba, no interior de São Paulo, sua terra natal.

"A gente estava treinando e do nada chegaram dois casais. O menino chegou mostrando a arma, uns 10 metros na frente da gente.  Ele rapidamente rendeu a gente, pediu para deitar no chão, falou que ia levar o carro, ameaçou meu irmão. Colocaram a bike atrás do carro e fugiram", conta Priscilla. Ela conseguiu preservar o celular, ligou para a polícia e, durante a madrugada de sábado, o carro foi localizado junto com os quatro bandidos. A bike, porém, não foi encontrada.

De acordo com a ciclista, ela estava estreando a bicicleta, que havia sido montada horas antes, no mesmo dia. "Foi muito difícil conseguir essa bike exatamente com as peças que eu sempre quis. Ela possui um valor do qual não posso dispor no momento", afirma.

Faltando um mês para o Mundial de Rock-Hill, nos Estados Unidos, para o qual já foi convocada, ela agora se vê sem uma bicicleta para treinar e competir. "Agora terei que montar outra com outras peças usadas, mas não terá a mesma qualidade e eficiência desta que foi roubada."

Algumas das peças mais caras, Priscilla não tem nem mesmo usadas, uma vez que vendeu as antigas. É o caso do garfo, da mesa, do guidão e das rodas. Mesmo assim, ela nem pensa em ficar de fora da principal competição da temporada. "É o maior campeonato do ano, não posso deixar de ir, nem que eu empreste peças de amigos. Não posso faltar", comenta a ciclista, que ainda guarda a esperança de que a bike seja encontrada.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.