#Olimpílulas: Após cinco anos, Brasil é rebaixado e perde espaço no rúgbi
Convidado em 2012 para fazer parte da elite do rugby feminino de sevens, uma vez que participaria dos Jogos Olímpicos do Rio, o Brasil não aproveitou a chance que recebeu. Agora de forma definitiva, perdeu sua vaga cativa ao terminar na 11.ª e última colocação entre as equipes que disputam as etapas da World Series.
Pelo regulamento da competição, um circuito mundial do rúgbi sevens, 11 equipes têm o direito de participar de todas as etapas (foram seis na temporada que acabou neste domingo). A 12.ª vaga de cada etapa é definida por convite.
A equipe já havia ficado fora da zona de classificação (nove primeiros) na temporada passada, conseguindo se salvar ao vencer o Japão e terminar a Olimpíada em nono. Assim, acabou ganhando vaga para jogar todas as etapas desta temporada 2016/17.
Só que, em seis etapas, o Brasil terminou em último ou penúltimo em cinco delas, conseguindo só um nono lugar. Com isso, terminou a competição no 11.º lugar, sem uma das 10 vagas. Perdeu lugar para o Japão, campeão da seletiva para a 11.ª vaga, disputada em abril.
Daqui em diante, o Brasil só deve voltar a jogar o torneio se receber convite, tendo que dividir espaço com países como Itália, China, Quênia e África do Sul. Ao mesmo tempo, jogos oficiais só os de competições regionais, como o Campeonato Sul-Americano, que as brasileiras sempre ganharam com os pés nas costas. Ou seja: a oportunidade de desenvolvimento do rugby feminino foi perdida.
Outro lado – A CBRu mandou a seguinte nota ao blog:
A respeito da campanha da seleção brasileira feminina de rugby no ciclo 2016/2017, a avaliação da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) é que o time está passando por uma renovação que nos permite olhar pra frente. Várias jogadoras importantes se aposentaram depois dos Jogos do Rio-2016 e outras vão se aposentar agora. Assim, esta queda momentânea estava dentro do previsto. Apesar disso, o time desenvolveu na última temporada um estilo de jogo mais completo, com ataques mais agressivos e uma defesa mais sólida. Embora não tenhamos ficado com vaga fixa para a próxima edição da World Series, a seleção feminina teve a melhor performance em circuitos, ganhando pela primeira vez de equipes principais de Inglaterra (duas vezes), Rússia e Espanha.
Neste período de um ano que temos pela frente agora, vamos realizar um trabalho ainda mais aprofundado de detecção e desenvolvimento de talentos nas academias de Alto Rendimento da CBRu. Compensaremos o fato de não poder jogar as seis etapas da World Series com a participação em competições de alto nível. Por exemplo, classificação para jogar a etapa de Las Vegas; classificação para jogar o torneio internacional de Hong Kong [NB: a segunda divisão]; convites da World Rugby para jogar mais uma ou duas etapas (Dubai e Londres); participação nos torneios internacionais London Invitational e Amsterdam Invitational; treinos internacionais com EUA e Canadá. São eventos fortes para preparar a volta da seleção para o circuito em dezembro de 2018. O time feminino do Brasil continuará trazendo resultados inéditos e chegará muito forte aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.
Sobre o autor
Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.